CNJ reforça estratégia para identificação civil de presos

Origem da Imagem/Fonte: CNJ
Foto: Luis Silveira/Agência CNJ

CNJ reforça estratégia para identificação civil de presos

7 de novembro de 2019

Representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciam nesta quarta-feira (6) uma nova rodada de cinco missões a diferentes unidades da federação para consolidar a estratégia nacional de emissão de documentação civil por meio de identificação biométrica para pessoas privadas de liberdade e egressas do sistema prisional. Depois de concluir 12 missões a estados que já possuem cadastros biométricos com o objetivo de articular a integração de dados em um cadastro único no Tribunal Superior Eleitoral, a iniciativa agora abarcará as unidades da federação que não coletam biometria ou cujos bancos não podem ser integrados.

Minas Gerais abre a série de missões, que terão representantes de três estados em cada uma – em Belo Horizonte participam também Mato Grosso e Tocantins. Foram convidados para os encontros representantes dos Tribunais de Justiça, Tribunais Regionais Federais, Poder Executivo, Administração Penitenciária e institutos de identificação estaduais. Serão apresentadas as ações a serem desenvolvidas em cada UF, assim como reuniões conjuntas. As próximas missões serão nos dias 14 (Pará, Roraima e Amapá), 19 (Rondônia, Amazonas e Acre), 22 (Paraíba, Maranhão e Piauí) e 27 (Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe).

As ações que promovem a emissão de documentação civil por meio da identificação biométrica da população privada de liberdade fazem parte do programa Justiça Presente, parceria entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para enfrentar problemas estruturais do sistema prisional e socioeducativo do país. As iniciativas de identificação têm por finalidade potencializar políticas de cidadania voltadas a esse público, como inclusão em programas de saúde, educação e trabalho, promovendo, assim, uma reinserção social mais efetiva.

Além de articular a integração de banco de dados de identificação biométrica já existentes com o cadastro único do TSE conforme acordo assinado em junho, o Justiça Presente promoverá a distribuição de 4.000 kits de coleta em todo o país, cobrindo a porta de entrada do sistema prisional (com identificação nas audiências de custódia), assim como um projeto-piloto para coleta dentro das unidades prisionais em cinco estados.

Para o secretário-geral do CNJ, desembargador Carlos Vieira von Adamek, a identificação de pessoas submetidas à privação de liberdade é indispensável para a garantia de direitos dentro e fora das prisões. “A falta de documentos civis básicos afeta a possibilidade de exercício de direitos e impede o acesso a políticas públicas, como as de educação, saúde e trabalho. Estamos nos referindo à lamentável constatação de que o sistema carcerário brasileiro, no contexto de crise em que se encontra, abriga cidadãos invisíveis, pessoas anônimas”, disse.

Para o coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ), juiz Luís Geraldo Lanfredi, a construção de um banco de dados confiável das pessoas privadas de liberdade e egressas do sistema penitenciário assume caráter de política pública. “Buscando entender quem são essas pessoas e quais são suas necessidades e vulnerabilidades, o poder público pode desenvolver ações com foco mais claro, fortalecendo o retorno delas ao convívio social após o cumprimento de suas penas. Essa ação, aliada a outras desenvolvidas no âmbito do DMF, modernizam a execução penal no país”, afirma.

Em junho, o CNJ assinou termo de cooperação técnica com o TSE para cadastro biométrico da população privada de liberdade, possibilitando a emissão de documentos como o Documento Nacional de Identidade (DNI). Técnicos do TSE também participam do desenvolvimento das ações de coleta e manuseio de equipamentos, assim como na elaboração dos acordos de cooperação com institutos de identificação estaduais.

Iuri Tôrres
Agência CNJ de Notícias

Notícias

Inadimplência em parcelas de imóvel gera dever de indenizar

11/05/2011 - 09h22 DECISÃO Inadimplência em parcelas de imóvel gera dever de indenizar Mesmo se o imóvel é destinado a pessoas de baixa renda e as prestações de seu contrato forem de valor ínfimo, o inadimplemento do pagamento gera a obrigação de indenizar. A maioria dos ministros da Terceira...

Cópias autenticadas indevidamente por advogado resultam em extinção do processo

10/05/2011 Cópias autenticadas indevidamente por advogado resultam em extinção do processo A apresentação de cópias de documentos sem a devida autenticação levou a Subseção 2 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho (TST), na sessão de hoje (10), a extinguir,...

Violência doméstica

  Réu tem direito à liberdade mesmo sem pagar fiança Por Marília Scriboni   Sem meios para pagar a fiança arbitrada em R$ 500 pela primeira instância, um homem acusado de violência doméstica conseguiu liberdade provisória no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A 2ª Câmara Criminal, ao...

Porte de armas

    Porte de armas Decreto 7.473/11 regulamenta registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição No mesmo dia em que o governo lança a Campanha Nacional de Desarmamento 2011, é publicado hoje, no DOU, o decreto 7.473/11, que dispõe sobre o decreto 5.123/04, que regulamenta a...

Banco não pode cobrar tarifa para compensar cheque

Extraído de JusBrasil Banco não pode cobrar tarifa para compensar cheque Extraído de: Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão - 2 horas atrás A 2ª Câmara Especial Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul concluiu que é abusiva a cobrança de tarifa de compensação de cheques, mesmo sendo...