Código Penal: cidadão precisa ser ouvido pelo Congresso

24/10/2012 - 19h35 Especial - Código Penal - Atualizado em 24/10/2012 - 19h50

Taques: resultados de pesquisa DataSenado devem ser considerados na análise do Código Penal

Milena Galdino

O relator do projeto de reforma do Código Penal (PLS 236/2012), senador Pedro Taques (PDT-MT), disse na tarde desta quarta-feira (24) que os resultados obtidos pela pesquisa DataSenado devem ser considerados pelos senadores da comissão especial que estuda o assunto.

- O cidadão precisa ser ouvido pelo Congresso, pois estamos numa democracia, e somos todos representantes do povo que nos elegeu – sintetizou o senador.

Pedro Taques descartou a ideia de que alguns temas são mais espinhosos que outros. Para ele, o que existe, sim, “é a necessidade de se debater cada um deles com cautela e pelo tempo que for necessário”. Por causa disso, Taques prevê que o debate deve avançar até o ano que vem na comissão de 11 senadores titulares e 11 suplentes formada para analisar o projeto, elaborado por juristas e especialistas em direito penal.

O relator considera que o grupo de parlamentares é um reflexo fidedigno do Plenário do Senado. Assim, não estima que as decisões da comissão passem por grande reformulação quando forem votadas pelos 81 membros da Casa.

Postura

Pedro Taques antecipou à Agência Senado algumas das convicções que vão constar do seu relatório ao projeto.Uma delas é que a maioridade penal pode ser reduzida sem que infrinja uma cláusula pétrea da Constituição. A Carta de 88 proíbe emenda constitucional para abolir os direitos e garantias individuais (artigo 60, 4º, IV). Visão semelhante tem o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente da comissão da reforma do Código Penal. Para Taques, contudo, a redução da maioridade penal não deve ser total. Ele defende a flexibilização no caso de pessoas entre 16 e 18 anos que cometam crimes hediondos.

Na opinião do senador, alguns pontos do projeto devem permanecer da forma que estão. Citou como exemplo o aborto – já aceito nos casos de estupro, anencefalia e com risco para a saúde da mãe – e a diminuição da pena por meio do trabalho e do estudo. Isso também é o que defendem 70% dos entrevistados pelo DataSenado.

Por fim, Taques se posicionou contra a legalização de drogas, assim como 89% dos entrevistados pela pesquisa, que ouviu 1.232 cidadãos de 119 municípios.

 

Agência Senado

 

Notícias

Pela 1ª vez, uniões consensuais superam casamento civil e religioso

Pela 1ª vez, uniões consensuais superam casamento civil e religioso Censo 2022 revela que 51,3% da população tinha relação conjugal Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil Publicado em 05/11/2025 - 10:03 Brasília Origem da Imagem/Fonte: Agência Brasil  -  Certidão de...

STJ autoriza penhora de imóvel financiado para quitar dívida de condomínio

STJ autoriza penhora de imóvel financiado para quitar dívida de condomínio Alessandro Junqueira de Souza Peixoto A decisão do STJ muda o jogo: Agora, imóveis financiados também podem ser penhorados para pagar dívidas de condomínio. Entenda o que isso significa para síndicos e...

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais Ele moveu ação para reconhecimento de paternidade e maternidade socioafetiva 29/10/2025 - Atualizado em 29/10/2025 A 4ª Câmara Cível Especializada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) cassou uma sentença da Comarca de Diamantina e...

Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia

Opinião Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia Nassim Kassem Fares 27 de outubro de 2025, 19h35 O projeto e seu substitutivo, que estendeu a prorrogação para todos os imóveis rurais, tiveram como objetivo oferecer “uma solução legislativa viável, segura e proporcional...