Comissão aprova alteração na divisão dos custos de energia termelétrica

10/10/2013 - 18h24

Comissão aprova alteração na divisão dos custos de energia termelétrica

Reprodução TV Câmara
Dep. Guilherme Campos (PSD-SP)
Guilherme Campos: regra atual pode elevar os preços de energia a longo prazo.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou na quarta-feira (9) o Projeto de Decreto Legislativo 1057/13, que revoga a parte da Resolução 3/13, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que prevê a divisão dos custos de geração de energia termelétrica entre todos os agentes do mercado. Pelo texto, do deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), volta a vigorar a resolução anterior (8/07), segundo a qual esses custos são pagos exclusivamente pelos consumidores.

Na opinião do relator, deputado Guilherme Campos (PSD-SP), “a racionalidade econômica da regra anterior é muito direta”. Ele argumenta que, como são os consumidores que arcam com o preço da escassez de energia, eles ajustam seu consumo para baixo, o que reduz o valor total a ser pago.

Sistema elétrico
No sistema elétrico integrado brasileiro, as termelétricas só são utilizadas quando se reduz a geração de energia hidrelétrica devido à falta de chuvas. A fonte térmica é mais cara devido ao uso de combustíveis fósseis. Assim, sempre que as usinas térmicas são demandadas, há aumento no custo de geração. Após a publicação da Resolução 3/13, esse gasto é dividido por todos os agentes do mercado, e não mais apenas repassado aos consumidores.

Guilherme Campos afirma que a divisão entre os agentes econômicos terá como consequência perda de renda real no curto prazo. “Essa perda implicará, no longo prazo, preço maior para os consumidores”, acrescenta.

Tramitação
A proposta ainda será analisada nas comissões de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votada no Plenário.

 

Reportagem – Maria Neves
Edição – Pierre Triboli

Foto em destaque/Fonte: Agência Câmara Notícias

 

Notícias

Construtora pode reter taxa de personalização de imóvel em caso de distrato

Sob medida Construtora pode reter taxa de personalização de imóvel em caso de distrato Danilo Vital 16 de julho de 2025, 8h49 A magistrada destacou que o contrato de compra e venda previu a retenção da taxa porque os materiais selecionados para personalizar a unidade têm natureza personalíssima e,...

Artigo: STJ garante proteção do lar para além da morte – por Gabriela Alves

Artigo: STJ garante proteção do lar para além da morte – por Gabriela Alves Origem da Imagem/Fonte: Extraída de Colégio Notarial do Brasil São Paulo Recente decisão da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou uma diretriz fundamental no ordenamento jurídico brasileiro: a proteção...

A proteção ao bem de família não é absoluta

A proteção ao bem de família não é absoluta Thallyta de Moura Lopes STJ fixa teses que restringem a penhora do bem de família em hipóteses de hipoteca, exigindo demonstração de benefício direto à entidade familiar. quarta-feira, 9 de julho de 2025 - Atualizado em 8 de julho de 2025 15:00 "Para...

Pagamento espontâneo após citação valida execução, diz TJ-MG

Causa reconhecida Pagamento espontâneo após citação valida execução, diz TJ-MG 8 de julho de 2025, 9h56 Conforme se verifica dos autos de origem, o agravante não arguiu, em nenhum momento, qualquer nulidade da execução promovida pelo condomínio agravado. Confira em Consultor Jurídico    ...