Comissão mista aprova MP que altera regras para registro de nascimento

Origem da Imagem/Fonte: Agência Câmara Notícias

09/08/2017 - 20h54

Comissão mista aprova MP que altera regras para registro de nascimento

A Medida Provisória 776 possibilita que a certidão de nascimento indique como naturalidade do filho o município onde ocorreu o parto ou o de residência da mãe na data do nascimento, desde que localizado no País

 
Waldemir Barreto/Agência Senado
Presidente da comissão mista sobre a MP 776/17, deputado Fausto Pinato; e relatora da MP 776, senadora Regina Sousa
Fausto Pinato criticou a lei atual, que leva ao registro de criança em local sem vínculo com a família à qual pertence

A comissão mista que analisa a Medida Provisória 776/17 aprovou nesta quarta-feira (9) o texto da MP, que permite o registro de nascimento de criança no município de residência da mãe. A MP altera a Lei de Registros Públicos (Lei 6.015/73), que só autoriza o registro na localidade de nascimento.

A relatora na comissão, senadora Regina Souza (PT-PI), afirmou que essa decisão é pessoal e não pode ser proibida por lei.

"Faz diferença na questão da autoestima da pessoa. A criança cresce e sabe que é de um lugar onde a mãe mora, a família mora, mas nasceu na maternidade de um lugar onde não tem nenhuma afinidade, nenhum vínculo, não conhece esse lugar", disse a senadora. "[A mudança na regra do registro] é importante para a autoestima do registrando. E para a mãe também, que tem o prazer de registrar seu filho no lugar onde ela mora", afirmou.

O presidente da comissão, deputado Fausto Pinato (PP-SP), destacou que não existem maternidades em todos os municípios, o que obriga as mães a se deslocarem para terem seus filhos em outras cidades e, assim, acabam sendo registrados em um local sem vínculos com a família à qual pertencem.

"Na verdade, é uma questão formal, porque já deveria ter sido assim. Essa legislação está muito atrasada, é importante o avanço", afirmou.

Possibilidade de alteração
Fausto Pinato disse que não houve tempo de a comissão analisar sugestões feitas de última hora, como a de dar o mesmo direito previsto na MP àqueles que nasceram antes da edição da medida. Esse ponto, segundo ele, poderá discutido em Plenário. “É poder estar retroagindo essa lei para aqueles que querem adequar o seu nascedouro", disse o deputado.

Em resposta a um questionamento, Pinato explicou que a MP não tem impacto na distribuição de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é calculado com base no número de moradores e não de pessoas que nasceram em determinada localidade.

A MP 776 ainda precisa ser votada nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.



 

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Pierre Triboli
Agência Câmara Notícias

 

Notícias

STJ reconhece filiação socioafetiva entre homem e pai falecido

STJ reconhece filiação socioafetiva entre homem e pai falecido 12/02/2025 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do Migalhas) Atualizado em 13/02/2025 Um homem conseguiu no Superior Tribunal de Justiça – STJ o reconhecimento da filiação socioafetiva entre ele e seu pai já...

STJ valida uso de assinatura eletrônica não certificada pela ICP-Brasil

Avançada X Qualificada STJ valida uso de assinatura eletrônica não certificada pela ICP-Brasil José Higídio 12 de fevereiro de 2025, 12h48 Para a relatora, a assinatura avançada é equivalente à firma reconhecida por semelhança, enquanto a qualificada seria a firma reconhecida por autenticidade. É...

Tios devem justificar uso e administração de pensões e herança de sobrinha

Tios devem justificar uso e administração de pensões e herança de sobrinha 10/02/2025 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do TJSC) Em Santa Catarina, um casal deverá prestar contas sobre os bens administrados de pensão e herança da sobrinha, referentes ao período pelo qual...

Erro essencial? Juíza nega anular casamento por doença mental da esposa

Caso de divórcio Erro essencial? Juíza nega anular casamento por doença mental da esposa Homem alegou que se casou sem saber de problema psiquiátrico, mas juíza não viu requisitos do CC para anulação. Em vez disso, concedeu o divórcio. Da Redação segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025 Atualizado às...