Expojud 2019: CNJ apresenta modelo de plataforma tecnológica do Judiciário

Brasília 12 06 2019 - EXPOJUD (Juiz auxiliar Braulio Gusmão).Foto:G.Dettmar/Ag.CNJ

Expojud 2019: CNJ apresenta modelo de plataforma tecnológica do Judiciário

17/06/2019 - 08h00

A transformação digital para o Judiciário, com adoção de um conceito de plataforma e de trabalho colaborativo, foi o destaque das apresentações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante a Expojud 2019, realizada nos dias 12 e 13 de junho, em Brasília. De acordo com o juiz auxiliar da Presidência Bráulio Gusmão, a participação no evento foi importante para destacar o papel central do CNJ na governança sobre o tema e reforçar a necessidade de integração entre os tribunais, primando por projetos de desenvolvimento tecnológico que atendam à sociedade e tenham resultados positivos.

Durante sua palestra o juiz destacou a importância de projetos como o Sistema Eletrônico de Execução Penal Unificado (SEEU) e o Processo Judicial Eletrônico (PJe). “A melhor resposta aos problemas está na colaboração de todo o Judiciário no desenvolvimento de ferramentas tecnológicas que possam beneficiar não apenas o trabalho do Judiciário, como também à população. Temos uma visão colaborativa, na qual cada tribunal deve se ver como parte e ter um sentimento de pertencimento em relação às soluções”, afirmou.

O objetivo do desenvolvimento tecnológico também é reduzir os gastos do Judiciário. Em média, o Brasil gasta, por ano, R$ 2,5 bilhões com tecnologia no Poder Judiciário, mas, de acordo com um ranking da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre governo eletrônico (e-Gov), o país está na 44ª posição entre os demais países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para o diretor do Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTI) do CNJ, Luiz Antonio Garcia, o tempo de reação do governo brasileiro é muito longo para adotar novas tecnologias, especialmente por causa do processo burocrático.

De acordo com Bráulio Gusmão, foi muito importante a participação do CNJ no evento. “Dentre os papéis institucionais do CNJ, está a integração entre os tribunais. Nossa intenção é fomentar o trabalho cooperativo e a interação entre os tribunais; além de fomentar o nível de governança e gestão de TI”, afirmou.

Stand

Localizado no centro da feira, o stand do CNJ na Expojud 2019 - Congresso de Inovação, Tecnologia e Direito para o ecossistema de Justiça também fez outras apresentações aos visitantes. O Portal de Governança Digital do Poder Judiciário foi um dos projetos apresentados. De acordo com o diretor do DTI, o Portal está em fase de testes e a versão definitiva deve ser lançada no início de agosto.

O Portal de Governança pretende ser uma ferramenta de integração entre o CNJ e os tribunais, onde possam ser compartilhados projetos de tecnologia. Dividido em várias trilhas temáticas - Inteligência Artificial, computação em nuvem, Big Data, Atos Normativos, governança e gestão, gestão de equipes, infraestrutura, atendimento (service desk), além do PJe – o Portal traz um conceito de comunidade de tecnologia, com disponibilização de fóruns de debate e repositórios de arquivos. “Atualmente, cada tribunal monta seus projetos de tecnologia de forma individual. O resultado disso é repetição de várias ações e retrabalho. Com o Portal de Governança Digital, os tribunais postam quais são os projetos que estão conduzindo e os participantes podem trocar ideias, trabalhar juntos e contribuir um com o outro. O CNJ orquestra e articula esse relacionamento”, afirmou Luiz Antonio Garcia.

Também foi apresentada a parceria do CNJ com o Gartner Group, empresa de consultoria que está montando uma estratégia de tecnologia diferenciada para o Judiciário brasileiro, de forma integrada.

Além disso, quem passou pelo stand do CNJ também conheceu o projeto Sinapses, desenvolvido pelo Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), ferramenta de Inteligência Artificial integrada ao PJe e o modelo de multicloud, que adota um modelo híbrido de computação em nuvem. “O CNJ está nacionalizando a Inteligência Artificial no PJe, sob a coordenação do TJRO. O PJe foi desenvolvido no Poder Judiciário e suas ferramentas são trabalhadas por técnicos do Poder Judiciário. É resultado de um trabalho colaborativo dos tribunais e do CNJ. Já o modelo de computação em nuvem que adotamos traz mais segurança, agilidade, custos menores e evita a dependência em uma única empresa”, disse o diretor do CNJ.

Lenir Camimura Herculano
Agência CNJ de Notícias

Notícias

Home office

Trabalho em casa pode gerar pagamento de horas extras (22.07.11) O aumento na contratação de empregados para trabalhar em casa vem elevando o número de empresas que enfrentam processos trabalhistas. Empregados que prestam serviço no sistema home office vêm usando novas tecnologias - como Iphones,...

Alterações no CPP fundamentam pedido de HC

Terça-feira, 19 de julho de 2011 Alterações no CPP fundamentam pedido de HC para condenado recorrer em liberdade A defesa de um veterinário condenado a dois anos e oito meses de prisão por formação de quadrilha (art. 288 do Código Penal) impetrou Habeas Corpus (HC 109443) no Supremo Tribunal...

Retrocesso social

CONSULTOR JURÍDICO | NOTÍCIAS CNJ | CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA Juíza aposentada pode advogar em comarca onde autou Juízo deve ter o significado de vara judicial e não de comarca, em respeito à garantia do direito social ao trabalho, previsto na Constituição Federal (artigos 5º, inciso XIII, e...

Adoção é irrevogável

TJ-SP confirma decisão que torna adoção irrevogável Qua, 20 de Julho de 2011 08:20 A 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, em sessão ocorrida no último dia 14, julgou improcedente a apelação que pretendia reformar a sentença que reconheceu impossível o pedido de...

A advocacia está às portas de uma revolução

18/07/2011 Processo eletrônico pode padronizar petições A advocacia está às portas de uma revolução. O casamento entre o processo eletrônico e o número cada vez maior de litígios na Justiça pode ter como consequência uma pasteurização das petições. Sistema criado pelo Conselho Nacional de Justiça...

Os avanços da empresa individual de responsabilidade limitada

Os avanços da empresa individual de responsabilidade limitada (19.07.11) Por João Rafael Furtado, advogado A sociedade limitada dotada de um regime jurídico e de uma organização surgiu na Alemanha em 1882 sob o nome de Gesellschaft mit beschränkter Haftung (Companhia de Responsabilidade Limitada –...