Finanças aprova proibição de vínculo entre multas e lucro de empresas de “pardais”

20/12/2013 - 10h35

Finanças aprova proibição de vínculo entre multas e lucro de empresas de “pardais”

Rodolfo Sturckert
João Dado
João Dado afirma que projeto pode coibir a "indústria de multas".

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 637/07, que proíbe a vinculação entre a cobrança de multas de trânsito e a remuneração das empresas que instalam "pardais" e outros equipamentos de fiscalização eletrônica de velocidade.

O autor da proposta, deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), explica que muitos contratos celebrados entre essas empresas e o Poder Público vinculam a remuneração à quantidade de multas, o que faz com que se perca o sentido educativo e preventivo da penalidade. "Quanto mais multas, mais lucro haverá", diz Bezerra.

O relator na Comissão de Finanças, deputado João Dado (SDD-SP), acredita que há um excesso na emissão de multas, justamente porque os contratos firmados com os municípios preveem essa vinculação. Ele defendeu a aprovação do projeto. “O papel educativo dessa prática de controle da velocidade está se perdendo por conta da indústria de multas", disse.

O deputado Afonso Florence (PT-BA), no entanto, votou contra por acreditar que o projeto interfere na autonomia das prefeituras. “Cada município, de acordo com sua realidade econômica, pode demandar um tipo de equilíbrio nos contratos desse prestador de serviço e de outros que lhe convenha”, afirmou.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Da Redação - DC
Foto em destaque/Fonte: Agência Câmara Notícias

 

Notícias

A proteção ao bem de família não é absoluta

A proteção ao bem de família não é absoluta Thallyta de Moura Lopes STJ fixa teses que restringem a penhora do bem de família em hipóteses de hipoteca, exigindo demonstração de benefício direto à entidade familiar. quarta-feira, 9 de julho de 2025 - Atualizado em 8 de julho de 2025 15:00 "Para...

Pagamento espontâneo após citação valida execução, diz TJ-MG

Causa reconhecida Pagamento espontâneo após citação valida execução, diz TJ-MG 8 de julho de 2025, 9h56 Conforme se verifica dos autos de origem, o agravante não arguiu, em nenhum momento, qualquer nulidade da execução promovida pelo condomínio agravado. Confira em Consultor Jurídico    ...

Herança digital: Entre senhas perdidas e memórias disputadas

Herança digital: Entre senhas perdidas e memórias disputadas Andrey Guimarães Duarte Herança digital exige testamento e orientação jurídica, diante da ausência de lei específica para criptoativos, redes sociais e memórias pessoais. terça-feira, 1 de julho de 2025 - Atualizado em 30 de junho de...