Gestão estratégica

Foto: Luiz Silveira/ Agência CNJ

Poder Judiciário ganha rede de governança voltada para a gestão

27/08/2013 - 09h00

Com o objetivo de ampliar a gestão estratégica do Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) instituiu, por meio da Portaria CNJ n. 138, a Rede de Governança Colaborativa do Poder Judiciário. O novo foro tem a finalidade de organizar a estratégia da gestão, de forma integrada, de todos os tribunais brasileiros. Com a nova estrutura, cada segmento da Justiça terá como acompanhar e participar mais ativamente da definição das diretrizes nacionais, a exemplo das metas que o Judiciário estabelece a cada ano.

Uma das principais motivações para a instituição da Rede de Governança Colaborativa é desenvolver a gestão estratégica adaptativa, ou seja, um sistema conectado com a realidade de cada segmento de Justiça ou região geográfica. O colegiado ampliará o trabalho de definição de estratégias, uma vez por ano, realizado durante o Encontro Nacional do Poder Judiciário. Na última edição do evento, em 2012, foi estabelecida a prioridade de julgar, até o fim de 2013, todos os processos de improbidade e crimes contra a administração pública que entraram na Justiça até 31 de dezembro de 2011. 

Com abrangência nacional, a Rede de Governança Colaborativa será formada por um Comitê Gestor Nacional, Comitês Gestores dos Segmentos de Justiça e Subcomitês Gestores. O Comitê Gestor Nacional será coordenado pelo juiz auxiliar da Presidência do CNJ Clenio Jair Schulze. Segundo o magistrado, a Rede de Governança tem por finalidade permitir maior diálogo entre o CNJ e os segmentos de Justiça, com o fim de construir gestão mais aberta e democrática do Poder Judiciário.

O Comitê Nacional será representado ainda no colegiado pelo diretor do Departamento de Gestão Estratégica (DGE), do CNJ, Ivan Gomes Bonifácio. Todos os trabalhos serão supervisionados pela Comissão de Gestão Estratégica do CNJ.

A composição da Rede de Governança terá também integrantes do Conselho da Justiça Federal (CJF), do Conselho Superior de Justiça do Trabalho (CSJT), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Superior Tribunal Militar (STM) e da Justiça Militar Estadual. Também farão parte da rede representantes eleitos pelos Comitês Gestores dos Segmentos da Justiça.

“O trabalho da Rede de Governança Colaborativa será importante para que as metas sejam assimiladas de forma mais natural pelo Judiciário”, disse Ivan Bonifácio. A seu ver, a iniciativa contribuirá para que se estabeleça no Judiciário uma melhor governança com foco na elaboração, implementação e monitoramento das políticas administrativas voltadas para o Poder Judiciário. Os presidentes dos Comitês e Subcomitês Gestores da rede serão indicados mediante o encaminhamento de ofício dos presidentes de tribunais ao CNJ.

 

Márcio Pacelli
Agência CNJ de Notícias

 

Notícias

Usucapião como limite temporal para reconhecimento da fraude à execução fiscal

Opinião Usucapião como limite temporal para reconhecimento da fraude à execução fiscal Antonio Carlos de Souza Jr. Roberto Paulino de Albuquerque Júnior 31 de julho de 2025, 7h04 O tribunal superior, porém, não vem analisando uma importante questão sobre a fraude à execução fiscal, qual seja:...

Intenção de pagar a dívida basta para manter devedor em imóvel

Vitória da boa-fé Intenção de pagar a dívida basta para manter devedor em imóvel 26 de julho de 2025, 12h32 Na decisão, a juíza destacou a gravidade da situação e disse que “tais medidas são a última oportunidade para solução amigável, caso contrário, será dado cumprimento ao mandado de...

Regime da separação convencional de bens e a renúncia antecipada à herança

Opinião Regime da separação convencional de bens e a renúncia antecipada à herança Rafael Adelor Cabreira 28 de julho de 2025, 9h21 Uma vez escolhido o regime da separação convencional de bens, o casal deixa claro que não tem interesse no patrimônio do outro — para além da morte do consorte,...

Central de Escrituras e Procurações e LGPD: entre publicidade e privacidade

Opinião Central de Escrituras e Procurações e LGPD: entre publicidade e privacidade João Rodrigo Stinghen 23 de julho de 2025, 19h37 Com efeito. o objetivo de facilitar o acesso aos dados de procurações e escrituras é facilitar a busca patrimonial em face de credores inadimplentes. Por um lado,...