Homem, de 91 anos, reconhece filha

Foto: TJRO

Homem, de 91 anos, reconhece filha em Rondônia

11/07/2012 - 07h44 

Raimundo Rodrigues Monteiro convive com a filha, Rosária Pantoja, desde que ela nasceu. No entanto, somente aos 91 anos ele pôde de fato fazer constar seu nome na certidão de nascimento dela. O registro foi possível graças ao programa Pai Presente – uma iniciativa criada pela Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desenvolvida por todos os tribunais do Brasil.

Pai e a filha vivem em uma comunidade afastada, no interior do estado de Rondônia, e o acesso a serviços essenciais sempre foi muito precário. Rosária explicou que só se deu conta que o nome do pai não constava em sua certidão de nascimento quando tinha 20 anos de idade. “Depois de descobrir que o nome do meu pai não estava no meu registro fui a vários cartórios, mas eles me disseram que não podiam fazer nada”, afirmou.

No início de julho deste ano, um mutirão do programa Pai Presente, promovido pelo Tribunal de Justiça de Rondônia na capital Porto Velho, por meio do Justiça Rápida Itinerante, permitiu a regularização da situação. Na ocasião, foram 503 atendimentos, com a homologação de 133 casos de pais que decidiram reconhecer seus filhos espontaneamente.

O programa Pai Presente está ganhando cada vez mais notoriedade no País. Último relatório da Ouvidoria do CNJ mostrou que esta é a iniciativa do Conselho que mais recebeu manifestações no primeiro trimestre de 2012. Segundo o levantamento, das manifestações feitas no período, foram 77 demandas sobre o assunto, sendo a maior parte de pedidos de informação feitos por pais interessados em dar início ao processo de reconhecimento.

 

Giselle Souza
Agência CNJ de Notícias, com informações do TJRO
 

Notícias

Doação verbal exige escritura pública para validade do ato, diz TJ-BA

Usucapião afastado Doação verbal exige escritura pública para validade do ato, diz TJ-BA 8 de outubro de 2025, 12h19 O julgador explicou que a ocupação do imóvel — ainda que por um longo período de tempo — ocorreu por mera liberalidade da proprietária. Leia em Consultor...

STJ valida filiação socioafetiva post mortem sem manifestação expressa

Família STJ valida filiação socioafetiva post mortem sem manifestação expressa 3ª turma reconheceu vínculo de filha criada desde a infância, ainda que falecidos não tenham formalizado adoção. Da Redação terça-feira, 7 de outubro de 2025 Atualizado às 18:55 Por unanimidade, 3ª turma do STJ...

Renúncia à herança e sua extensão a bens descobertos posteriormente

Opinião Renúncia à herança e sua extensão a bens descobertos posteriormente Mathias Menna Barreto Monclaro 7 de outubro de 2025, 7h01 Não se deixa de reconhecer que, em certos contextos, a rigidez da solução pode suscitar debates sob a ótica da justiça material, sobretudo em heranças complexas, em...

Juiz nega penhora de imóveis rurais usados para subsistência

Proteção Juiz nega penhora de imóveis rurais usados para subsistência Magistrado reconheceu que a família do devedor explora diretamente a terra para sua subsistência e que os imóveis se enquadram como pequena propriedade rural. Da Redação domingo, 5 de outubro de 2025 Atualizado em 3 de outubro de...

Assinatura eletrônica e digital: entre prática judicial e debate acadêmico

Opinião Assinatura eletrônica e digital: entre prática judicial e debate acadêmico Cícero Alisson Bezerra Barros 2 de outubro de 2025, 18h25 A confusão entre os termos reside justamente no fato de a assinatura digital ser uma modalidade específica de assinatura eletrônica, mas dotada de requisitos...