Judiciário poderá ser obrigado a abrir código-fonte de software que distribui processos

Origem da Imagem/Fonte: Agência Câmara Notícias

09/03/2018 - 14h08

Judiciário poderá ser obrigado a abrir código-fonte de software que distribui processos

Raphael Milagres/Câmara dos Deputados
Rodrigues: “O projeto visa potencializar preceitos já configurados tanto na Constituição quanto na legislação infraconstitucional”
 

O Poder Judiciário poderá ser obrigado a divulgar os códigos-fontes utilizados em todos os seus sistemas automatizados, inclusive os de programas de distribuição de processos. É o que determina o Projeto de Lei 8503/17, do deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA), em tramitação na Câmara dos Deputados.

A proposta altera a Lei de Acesso à Informação (12.527/11). Código-fonte é um conjunto de instruções escritas em uma linguagem de programação que pode ser lido por um programador. Com o código-fonte em mãos, o especialista pode entender como o software de computador funciona. Na prática, o projeto torna aberto os códigos-fontes dos programas do Judiciário.

A proposta do deputado Rodrigues determina ainda que o cidadão pode obter informações, inclusive com detalhamento técnico, sobre a criação, aquisição, configuração, manutenção e funcionamento de softwares, hardwares e códigos mediadores de quaisquer funções públicas.

Transparência
O parlamentar explica que o objetivo da proposta é conferir maior transparência para os sistemas informatizados utilizados pelo Estado. Rodrigues afirma que os programas de computador são responsáveis por trazer regras que regulam a vida de milhões de pessoas, e precisam ser conhecidos e auditados.

A proposta, segundo ele, “dá maior segurança jurídica ao controle dos poderes constituídos exercido pelos cidadãos, conferindo maior legitimidade às suas ações por meio da transparência praticada de ofício”.

Tramitação
O PL 8503/17 tramita em caráter conclusivo nas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem - Janary Júnior
Edição – Natalia Doederlein
Agência Câmara Notícias
 

 

Notícias

Namoro não se confunde com união estável

Mesmo com nascimento de filho, namoro não se confunde com união estável A 1ª Câmara de Direito Civil do TJ manteve decisão que indeferiu pedido liminar de alimentos formulado por uma mulher em desfavor de um jovem empreendedor da Capital, com quem teria vivido relacionamento estável que culminou no...

Emitente é responsável por pagar por cheque emprestado

Nacional 04/11/2013 | 13h14m Emitente é responsável por pagar por cheque emprestado Quem deve garantir o pagamento de cheque é o emitente, mesmo que a folha tenha sido emprestada para namorada. A decisão é da 4ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina que negou indenização...

Sócio deve indicar localização de empresa em execução

Sócio deve indicar localização de empresa em execução Sócio deve indicar localização de empresa em execução Quando duas partes são rés em ação trabalhista e a empresa, devedora primária, não é localizada para ser executada, cabe ao sócio, devedor secundário, indicar os meios que isso ocorra e...