Lei de Antenas é aprovada pela CCT

19/12/2012 - 11h45 Comissões - Comunicação - Atualizado em 19/12/2012 - 11h50

Lei de Antenas é aprovada pela CCT

Marcos Magalhães

O compartilhamento obrigatório da capacidade excedente da infraestrutura de telecomunicações, “exceto quando houver justificado motivo técnico”, é um dos principais pontos do Projeto de Lei do Senado 293/12, de autoria do senador Vital do Rego (PMDB-PB), adotado nesta quarta-feira (19) de forma definitiva pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

Conhecido como projeto da Lei Geral das Antenas, o texto já havia sido aprovado em decisão terminativa pela comissão na semana passada. Porém, como o texto acolhido foi um substitutivo, apresentado pelo relator da matéria, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), foi necessária a realização de uma segunda votação. Uma vez que não foram apresentadas emendas ao texto, o projeto foi definitivamente aprovado e poderá, agora, seguir para tramitação na Câmara dos Deputados.

Segundo o substitutivo, o compartilhamento de infraestrutura será realizado de forma não discriminatória e a preços e condições “justos e razoáveis”. As detentoras de infraestrutura, ainda de acordo com a proposta, devem tornar disponível às possíveis solicitantes, de forma “transparente e não discriminatória”, documentos que descrevam as condições de compartilhamento, incluindo, entre outras, informações técnicas georreferenciadas da infraestrutura disponível, os preços e prazos aplicáveis.

O licenciamento para a instalação de infraestrutura e de redes de telecomunicações em área urbana, segundo o projeto, deverá levar em conta a redução do impacto paisagístico, “sempre que tecnicamente possível e economicamente viável”. A instalação da infraestrutura em área urbana não poderá, por exemplo, obstruir a circulação de veículos, pedestres ou ciclistas; prejudicar o uso de praças e parques; ou prejudicar a visibilidade dos motoristas que circulem em via pública.

- Este é um passo muito importante não apenas para a melhoria do serviço de telefonia móvel e de banda larga móvel, como também para ampliar as condições de infraestrutura de rede em diversos setores de nossa economia – disse Eduardo Braga, que, além de relator da matéria, preside a comissão.

Cartões

Na mesma reunião, a CCT rejeitou parecer favorável da relatora, senadora Ângela Portela (PT-RR) ao PLS 121/08, do senador Magno Malta (PR-ES), destinado a proibir as empresas de cartões de pagamento de autorizarem transações relacionadas com jogos de azar e pornografia infantil por meio da rede mundial de computadores, a Internet.

Prevaleceu, na comissão, voto em separado do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), contrário ao projeto. Raupp explicou que não lhe parecia “razoável atribuir a administradoras de cartões de crédito as responsabilidades previstas no projeto”.

Foram ainda concedidas vistas de dois projetos que se encontravam em pauta: o PLS 332/10, de Ângela Portela, segundo o qual as emissoras de radiodifusão deveriam veicular mensagens contra a exploração sexual de crianças e adolescentes e sobre o uso seguro da Internet; e o PLS 679/11, da senadora Ana Rita (PT-ES), que estabelece incentivos para a produção de agrotóxicos naturais.

Audiência

A comissão aprovou requerimento dos senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Sérgio Souza (PMDB-PR), para a realização de audiência pública para discutir “os desafios e oportunidades do uso do petróleo e do gás natural”.

Logo em seguida foram aprovados 72 projetos de decreto legislativo que autorizam o funcionamento de emissoras de rádio e televisão em diversas partes do país.

 

Agência Senado

 

Notícias

STJ valida filiação socioafetiva post mortem sem manifestação expressa

Família STJ valida filiação socioafetiva post mortem sem manifestação expressa 3ª turma reconheceu vínculo de filha criada desde a infância, ainda que falecidos não tenham formalizado adoção. Da Redação terça-feira, 7 de outubro de 2025 Atualizado às 18:55 Por unanimidade, 3ª turma do STJ...

Renúncia à herança e sua extensão a bens descobertos posteriormente

Opinião Renúncia à herança e sua extensão a bens descobertos posteriormente Mathias Menna Barreto Monclaro 7 de outubro de 2025, 7h01 Não se deixa de reconhecer que, em certos contextos, a rigidez da solução pode suscitar debates sob a ótica da justiça material, sobretudo em heranças complexas, em...

Juiz nega penhora de imóveis rurais usados para subsistência

Proteção Juiz nega penhora de imóveis rurais usados para subsistência Magistrado reconheceu que a família do devedor explora diretamente a terra para sua subsistência e que os imóveis se enquadram como pequena propriedade rural. Da Redação domingo, 5 de outubro de 2025 Atualizado em 3 de outubro de...

Assinatura eletrônica e digital: entre prática judicial e debate acadêmico

Opinião Assinatura eletrônica e digital: entre prática judicial e debate acadêmico Cícero Alisson Bezerra Barros 2 de outubro de 2025, 18h25 A confusão entre os termos reside justamente no fato de a assinatura digital ser uma modalidade específica de assinatura eletrônica, mas dotada de requisitos...