Presidente de Conselho defende regras mais fáceis para projetos populares

06/03/2013 - 19h46

Presidente de Conselho defende regras mais fáceis para projetos populares

O Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica debateu com consultor legislativo pontos da reforma política.

Nilson Bastian/Câmara dos Deputados
Reunião do Conselho de Altos Estudos
Pontos polêmicos da reforma política foram debatidos pelos integranes do Conselho de Altos Estudos.

O presidente do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), defendeu, nesta quarta-feira, a aprovação de regras mais fáceis para viabilizar os projetos de iniciativa popular, um dos pontos da reforma política, prevista para ser votada pelo Plenário da Câmara nos dias 9 e 10 de abril.

"É importante abaixar o número de assinaturas populares para a apresentação de projetos de iniciativas populares para cada vez mais a Casa se aproximar da sociedade, e a sociedade participar diretamente dos trabalhos do Poder Legislativo", disse Inocêncio durante debate do consultor legislativo da Câmara na área de política Márcio Rabat.

O consultor falou sobre o sistema representativo e a reforma política. Na avaliação de Márcio Rabat, a democracia brasileira permite o aperfeiçoamento das instituições sem ruptura da ordem. "Nós não estamos numa situação dramática de que nosso sistema está em ruptura ou algo assim”, explica o consultor. “Nós estamos fazendo um trabalho progressivo, como fazem em todas as democracias de aperfeiçoamento pontual de suas instituições".

Cinco propostas
A reforma a ser votada apresenta cinco propostas:
* financiamento público exclusivo de campanha;
* fim das coligações, porém permitindo que os partidos façam federações partidárias que durariam, no mínimo, quatro anos;
* coincidência temporal das eleições (municipais, estaduais e federais);
* ampliação da participação da sociedade na apresentação de projetos de iniciativa popular, inclusive por meio da internet. Pela medida, 500 mil assinaturas garantiriam a apresentação de um projeto de lei; e 1,5 milhão, de proposta de emenda à Constituição (PEC);
* nova opção de lista flexível, em que o eleitor continuaria votando no deputado ou no partido, mas só o voto na legenda é que reforçaria a lista apresentada pelo partido.

Vontade do eleitorado
Outros parlamentares integrantes do Conselho também opinaram sobre a reforma política. O deputado Jesus Rodrigues (PT-PI) demonstrou receio de que um sistema de lista fechada para eleição proporcional possa distanciar-se da vontade do eleitorado.

Já o deputado Felix Mendonça Filho (PDT-BA) defendeu a reforma política para evitar que o Tribunal Superior Eleitoral vá além de suas atribuições. Por sua vez, o deputado José Humberto (PHS-MG) disse que apoia a reforma política mesmo que ele enfrente dificuldades para ser reeleito.

Dos atuais 513 deputados federais, apenas 25 conseguiram ser eleitos independente do quociente eleitoral, conforme lembrou Inocêncio Oliveira.

Saiba mais sobre a reforma política.

 

Reportagem – Wamberto Noronha/Rádio Câmara
Edição – Newton Araújo - Foto: Nilson Bastian/Câmara dos Deputados

Agência Câmara Notícias

 

Notícias

Todos contra o novo Código de Processo Civil

Brasil Econômico - Todos contra o novo Código de Processo Civil (20.04.11)   Maeli Prado Desde outubro de 2009, quando o presidente do Senado, José Sarney, convocou uma comissão de juristas para redesenhar o Código de Processo Civil (CPC), o novo texto daquele que é classificado como a espinha...

Jurisprudência: Testamento. Cláusulas Vitalícias. Abrandamento

Extraído de Recivil Jurisprudência: Testamento. Cláusulas Vitalícias. Abrandamento. A Turma asseverou ser possível, em situações excepcionais de necessidade financeira, flexibilizar a vedação do art. 1.676 do CC/1916 e abrandar as cláusulas vitalícias de inalienabilidade, impenhorabilidade e...

Violência doméstica

  Lei Maria da Penha vale para relação homoafetiva Embora a Lei Maria da Penha seja direcionada para os casos de violência contra a mulher, a proteção pode ser estendida para os homens vítimas de violência doméstica e familiar. O entendimento é do juiz Alcides da Fonseca Neto, da 11ª Vara...

Seguradora não pode exigir segunda perícia

Extraído de Olhar Direto 18/04/2011 - 14:57 Seguradora não pode exigir segunda perícia Conjur Se o INSS, com seus rigorosos critérios técnicos, reconhece a incapacidade do segurado, não será necessária outra perícia médica para comprovar a mesma situação diante da seguradora. A partir deste...

Venda casada de cartão é ilegal

Extraído de JusClip Venda casada de cartão é ilegal 18/04/2011 A 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) manteve sentença de 1ª Instância e condenou um banco a ressarcir em dobro a aposentada C.L.S., moradora da capital mineira, por cobrar taxas pelo uso de um cartão de...