Projeto tipifica como crime o auxílio ao aborto

22/07/2013 - 10h29

Projeto tipifica como crime o auxílio ao aborto e o anúncio de meio abortivo

Arquivo/Alexandra Martins
Eduardo Cunha
A proposta de Eduardo Cunha prevê o aumento da pena nos casos em que a gestante for menor de idade.

A Câmara analisa o Projeto de Lei 5069/13, do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e outros, que tipifica como crime contra a vida o anúncio de substância, processo ou objeto destinado a provocar aborto. Pela proposta, também passará a ser crime instruir ou orientar a gestante sobre como praticar aborto ou prestar qualquer auxílio a ela na prática, “ainda que sob o pretexto de redução de danos”.

O projeto acrescenta artigo ao Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40). De acordo com o texto, o novo crime será punido com detenção de quatro a oito anos. Se o agente for médico, farmacêutico, enfermeiro ou funcionário da saúde pública, a pena será de cinco a dez anos. Se a gestante a quem se induziu o aborto for menor de idade, as penas serão aumentadas em um terço.

“A legislação vigente considera o anúncio de meio abortivo como simples contravenção, o que leva a não ser priorizada a atuação a respeito por parte dos órgãos policiais, apesar do intenso tráfico ilícito que pode mesmo ser verificado pela internet”, diz o autor. “Por outro lado, a lei não prevê penas específicas para quem induz a gestante à prática do aborto, mesmo quando se trata de menor”, complementa. Segundo Cunha, o projeto visa preencher essas lacunas do sistema jurídico brasileiro.

Tramitação
A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário.

Reportagem – Lara Haje
Edição – Marcos Rossi - Foto: Arquivo/Alexandra Martins - Agência Câmara Notícias

 

Notícias

Ação de despejo pode incluir encargos locatícios até a condenação, diz STJ

Casa da Mãe Joana Ação de despejo pode incluir encargos locatícios até a condenação, diz STJ 12 de novembro de 2025, 11h40 Na avaliação do ministro, a referência às cláusulas contratuais feita pelo locador na petição inicial foi suficiente para que o locatário soubesse pelo que estava sendo...

Justiça do Amazonas reconhece multiparentalidade em registro de adolescente

Justiça do Amazonas reconhece multiparentalidade em registro de adolescente 07/11/2025 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações da DPE-AM) A Vara Única de Itapiranga reconheceu judicialmente a multiparentalidade no registro civil de um adolescente de 15 anos. Com a sentença, ele...

Pela 1ª vez, uniões consensuais superam casamento civil e religioso

Pela 1ª vez, uniões consensuais superam casamento civil e religioso Censo 2022 revela que 51,3% da população tinha relação conjugal Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil Publicado em 05/11/2025 - 10:03 Brasília Origem da Imagem/Fonte: Agência Brasil  -  Certidão de...