Relator espera que Orçamento Impositivo seja aplicado já em 2014

08/05/2013 - 16h31

Relator espera que Orçamento Impositivo seja aplicado já em 2014

Edio Lopes pediu a consultores uma análise sobre a execução das emendas parlamentares dos últimos anos. Após passar pela comissão especial, PEC do Orçamento Impositivo terá de ser aprovada em dois turnos pelo Plenário da Câmara, antes de seguir para o Senado.

Leonardo Prado
Edio Lopes
Lopes: é preciso saber a média de execução dos últimos anos para subsidiar a discussão.

O relator da proposta de Orçamento Impositivo (PEC 565/06 e 16 apensadas), deputado Edio Lopes (PMDB-RR), afirmou que espera que a medida já esteja em vigor em 2014. Para que isso ocorra, ele pretende aprovar um texto na comissão especial que analisa a matéria com tempo hábil para que a PEC seja votada em Plenário e vá ao Senado para ser aprovada ainda neste ano. “Caso contrário, teremos passado da metade dos nossos mandatos sem essa medida, que é esperada por todos”, disse.

A proposta, que pretende obrigar o governo a executar as emendas parlamentares (recursos indicados por deputados e senadores para atender a obras e projetos em pequenos municípios), precisa ser aprovada em dois turnos no Plenário da Câmara, antes de seguir para o Senado.

Audiências
Pela proposta de trabalho do relator, a comissão deverá ouvir, em três audiências públicas, a opinião de representantes dos ministérios do Planejamento e da Fazenda, do Tribunal de Contas da União (TCU), e da sociedade civil sobre a proposta.

Os convites serão feitos à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e à Secretaria de Orçamento Federal (SOF), vinculadas à Fazenda e ao Planejamento, respectivamente, e responsáveis pela liberação de recursos e elaboração do projeto de Orçamento enviado anualmente do Congresso. O relator não descarta que os próprios ministros queiram discutir a proposta, mas, como o assunto é técnico, espera também pareceres desses órgãos quanto ao texto.

Na próxima reunião do colegiado, na terça-feira (14), devem ser definidas as entidades a serem convidadas como representantes da sociedade civil, e a forma como o TCU deverá participar do debate. O tribunal é responsável pela fiscalização dos gastos públicos e, segundo Lopes, pode colaborar com a melhor forma de acompanhar a execução de emendas. Outras audiências podem ser requisitadas pelos integrantes da comissão, mas Lopes acredita que com essas três reuniões os deputados terão todo subsídio para analisar a proposta.

O relator também pediu à Consultoria de Orçamento da Câmara uma análise sobre a execução das emendas parlamentares dos últimos anos. “Precisamos saber qual é o grau de execução nos últimos exercícios para temos uma base de discussão, tanto para quem é a favor como para quem é contra a medida”, disse.

 

Reportagem - Marcello Larcher
Edição - Marcelo Oliveira

Foto em destaque/Fonte: Agência Câmara Notícias

 

Notícias

Decisão do STJ convida a repensar transmissão de bens digitais no Brasil

Uma vida na nuvem Decisão do STJ convida a repensar transmissão de bens digitais no Brasil Danilo Vital 15 de setembro de 2025, 8h48 “Enquanto isso, a jurisprudência decide caso a caso, o que gera decisões díspares e falta de previsibilidade. A decisão do STJ é inovadora, mas não resolve essa...

Presunção de paternidade decorrente da recusa de exame de DNA

Processo Familiar Presunção de paternidade decorrente da recusa de exame de DNA Carlos Eduardo Pianovski 7 de setembro de 2025, 8h00 O sistema vigente mantém a dualidade entre filhos matrimoniais e extramatrimoniais, em resquício da odiosa distinção pretérita entre filhos legítimos e...

Doação na reforma do Código Civil: Algumas observações sobre o adiantamento de legítima e a cláusula de dispensa da colação por declaração de vontade posterior

Doação na reforma do Código Civil: Algumas observações sobre o adiantamento de legítima e a cláusula de dispensa da colação por declaração de vontade posterior Rodrigo Reis Mazzei sexta-feira, 5 de setembro de 2025 Atualizado às 07:30 Como é de conhecimento geral, com a apresentação do PL 4/2025 há...

Casar e se separar no mesmo dia: Nulidade ou divórcio?

Casar e se separar no mesmo dia: Nulidade ou divórcio? Rudyard Rios A lei protege os cônjuges ao não permitir o fim imediato do casamento. Fora exceções legais, só o divórcio garante segurança jurídica e respeito à vontade do casal. quarta-feira, 3 de setembro de 2025 Atualizado às 09:14 É possível...