Usuário de internet móvel poderá ganhar mais dois meses para usar saldo não consumido

Pedro França/Agência Senado
Senador Otto Alencar (esq.), relator da proposta, e o autor, senador Dário Berger

Usuário de internet móvel poderá ganhar mais dois meses para usar saldo não consumido

  

Sergio Vieira | 05/07/2017, 11h21 - ATUALIZADO EM 05/07/2017, 14h09

Usuários de internet em telefonia móvel poderão ter o direito de acumular e usufruir, por até mais dois meses, o saldo que não foi consumido para o mês contratado. Proposta que abre essa possibilidade foi aprovada pela Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) nesta quarta-feira (5).

O projeto (PLS 110/2017) é do senador Dário Berger (PMDB-SC) e foi relatado pelo senador Otto Alencar (PSD-BA). O texto segue para análise da Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC).

Durante a discussão, Dário Berger chamou atenção para o caráter social de sua proposta, citando dado recente divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), segundo o qual estão em funcionamento no país cerca de 242 milhões de telefones celulares.

- Isso significa mais de um celular por pessoa. É um número impressionante, mesmo ressaltando que obviamente não estão todos conectados à rede. Virou um instrumento central na vida das pessoas, mas hoje as operadoras usam dois pesos e duas medidas. Se você usar menos que o contratado, não tem o que você pagou reposto. Mas se você usa a mais, imediatamente tem o serviço cortado - explicou, observando que o projeto corrige uma injustiça.

A proposta original prevê que o saldo não utilizado ficaria à disposição do consumidor por tempo indeterminado. No entanto, após reuniões com as operadoras, Otto Alencar sugeriu o prazo máximo de dois meses. Ele explicou que a mudança foi necessária para impedir que uma infinidade de saldos mínimos tivesse que ser administrada, diminuindo com isso a oferta de planos mais acessíveis.

- Por isso, é relevante determinar o prazo de dois meses, porque uma proposta boa como essa poderia ser inviabilizada, prejudicando justamente os mais pobres, por meio da diminuição da oferta de planos mais baratos - justificou.

O autor da proposta, Dário Berger, e os demais senadores concordaram com a mudança.

 

Agência Senado

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