Área econômica e Defesa concentram corte adicional de R$ 10 bilhões no Orçamento

Área econômica e Defesa concentram corte adicional de R$ 10 bilhões no Orçamento

30/07/2013 - 18h01
Economia
Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os ministérios ligados à área econômica e à defesa foram as principais pastas afetadas pelo corte adicional de R$ 10 bilhões no Orçamento Geral da União. O contingenciamento (bloqueio) de verbas adicional foi anunciado no último dia 22, mas o detalhamento dos cortes só foi divulgado hoje (30) em decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União.

Em valores nominais, Fazenda (R$ 990 milhões) e Defesa (R$ 919,4 milhões) foram os ministérios com os maiores cortes. Eles estão bem à frente do terceiro colocado, o Ministério da Previdência Social, cuja verba foi reduzida em R$ 280,7 milhões. Nas posições seguintes, estão os ministérios da Justiça (R$ 275,9 milhões) e do Planejamento (R$ 216,6 milhões).

Em termos percentuais, ao comparar o tamanho do corte com o orçamento original de cada pasta, os órgãos mais afetados foram os ministérios da Fazenda (19,3%), das Relações Exteriores (14,1%), do Planejamento (13,5%), o gabinete da Vice-Presidência (13,4%) e o Ministério da Previdência Social (12%). Os ministérios da Saúde, da Educação e a Secretaria Especial das Micro e Pequenas Empresas foram preservados do novo corte.

O total dos cortes detalhados hoje chega a R$ 4,32 bilhões. O bloqueio de verbas abrange somente as despesas discricionárias (não obrigatórias), o único tipo de gasto que pode ser efetivamente cortado. De acordo com a equipe econômica, os cortes afetarão apenas gastos administrativos, como diárias e passagens, material de consumo, aluguel de imóveis, veículos e equipamentos e serviços terceirizados e de tecnologia da informação. Os investimentos, que abrangem as obras públicas, foram poupados, assim como os programas sociais.

Para completar os R$ 10 bilhões de corte anunciados, o governo revisou para baixo em R$ 5,68 bilhões a estimativa de despesas obrigatórias, alegando erro de cálculo na hora de elaborar o Orçamento ou mudança de parâmetros econômicos no decorrer dos últimos meses. Essa conta incluiu o cancelamento do repasse de R$ 4,4 bilhões do Tesouro Nacional à Previdência Social previstos por causa da desoneração da folha de pagamentos.

 

Edição: Aécio Amado

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil

Agência Brasil

 

Notícias

Da percepção do salário no regime da comunhão parcial de bens

Da percepção do salário no regime da comunhão parcial de bens Pedro Linhares Della Nina O STJ, em 21/11/23, enfrentou questão jurídica sobre a percepção dos proventos (art. 1.659, VI, do Código Civil) ser ato particular do cônjuge. Porém, quando percebido, a remuneração integra a meação de...

Proposta de alteração no Código Civil não muda status jurídico dos animais

SERES COISIFICADOS Proposta de alteração no Código Civil não muda status jurídico dos animais José Higídio 26 de março de 2024, 8h51 De acordo com a proposta da relatoria-geral, “os animais, objetos de direito, são seres vivos sencientes e passíveis de proteção jurídica própria, em virtude da sua...

Como fica a divisão dos bens em uma separação?

Como fica a divisão dos bens em uma separação? Francisco Gomes Júnior Antes de casar ou unir-se, defina o regime de bens e faça acordos antenupciais para evitar disputas na separação. segunda-feira, 25 de março de 2024 Atualizado às 07:58 Ultimamente, com a notícia de diversos casos de famosos...