CCJ aprova mudança no Banco da Terra para beneficiar agricultor familiar

18/04/2013 - 11h40 Comissões - Constituição e Justiça - Atualizado em 18/04/2013 - 11h50

CCJ aprova mudança no Banco da Terra para beneficiar agricultor familiar

Simone Franco e Iara Guimarães Altafin

O agricultor que herdar parte de uma propriedade rural poderá passar a ter o direito de utilizar o Fundo de Terras e da Reforma Agrária (Banco da Terra) para comprar a área dos outros herdeiros. Isso é o que prevê projeto de lei da Câmara (PLC 42/2012 - Complementar) aprovado, nesta quinta-feira (18) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A matéria segue para a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).

O Banco da Terra foi criado em 1998 (Lei Complementar 93/1998) com a finalidade de financiar a criação assentamento rural por trabalhador sem terra e por pequeno agricultor dono de área insuficiente para seu sustento e de sua família, com dimensão inferior à definida no Estatuto da Terra como propriedade familiar.

As normas em vigor vedam o uso de recursos do fundo, entre outras situações, por possuidor de direito de herança. Para o relator do projeto, senador Luiz Henrique (PMDB-SC), ao impedir que herdeiros sem recursos possam obter financiamento público para adquirir fração ideal de outros herdeiros que não queiram manter o imóvel herdado, a norma favorece a venda da propriedade a terceiros.

Essa fragmentação da propriedade, de acordo com Luiz Henrique, atenta contra a política de fortalecimento da agricultura familiar. Dessa forma, ele considera acertada a mudança proposta no PLC 42/2012 - Complementar, para permitir a utilização de recursos do Banco da Terra por herdeiros.

O relator apresentou emenda de redação para deixar claro, no trecho da lei a ser modificado, que o benefício não se limita a imóveis já financiados pelo Banco da Terra, como dava a entender a redação aprovada na Câmara.

 

Agência Senado

 

Notícias

STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar

Família STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar 4ª turma fixou solução inovadora proposta pelo ministro Buzzi. Da Redação sexta-feira, 6 de dezembro de 2019 Atualizado em 7 de dezembro de 2019 16:30 A 4ª turma do STJ concluiu na quinta-feira, 5, julgamento que...

Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento?

Opinião Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento? Lina Irano Friestino 19 de dezembro de 2025, 9h25 A decisão do STJ no REsp 2.195.589/GO reforça algo que, no fundo, já estava escrito na lógica do regime de bens: casar sob comunhão parcial significa dividir não...

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero Autor: Rodrigo da Cunha Pereira | Data de publicação: 16/12/2025 O Direito das Famílias e Sucessões está cada vez mais contratualizado. Isto é resultado da evolução e valorização da autonomia privada, que por sua vez, vem em consequência do...

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro Marcia Pons e Luiz Gustavo Tosta Autocuratela, agora regulamentada pelo CNJ, permite que qualquer pessoa escolha seu curador antecipadamente, reforçando autonomia e prevenindo conflitos familiares. terça-feira, 9 de dezembro de...