Copa: Belo Horizonte dentro do cronograma

18/05/2011 - 18h39

Gestores dizem que obras em Belo Horizonte estão dentro do cronograma 

Os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 em Belo Horizonte (MG) estão dentro do cronograma. A afirmação foi feita por gestores do governo estadual e da prefeitura da capital, nesta quarta-feira (18), em audiência na Subcomissão Permanente de Acompanhamento da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

O secretário estadual extraordinário para a Copa de 2014, Sérgio Alair Barroso, arrolou entre as principais melhorias na infraestrutura da região de Belo Horizonte a reforma do Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão; a reforma do aeroporto de Confins; e a construção de corredores de tráfego na capital.

De acordo com ele, o novo Mineirão terá capacidade para 64 mil torcedores e espaço para 3 mil jornalistas. A reforma custará R$ 665,7 milhões, dos quais R$ 11,7 milhões caberão ao governo do estado. O restante será arcado pelo consórcio Minas Arena, que ganhou a licitação para reconstrução e gerenciamento do estádio pelos próximos 25 anos.

A reforma do Terminal 1 do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins (MG), terá um custo de R$ 295 milhões e possibilitará a ampliação da capacidade de 5 milhões para 8,5 milhões de passageiros por ano. Sérgio Barroso destacou a ampliação da área de pátio para o estacionamento de aeronaves, que foi um problema na África do Sul, causando a quadruplicação do custo do seguro dos aviões.

Além disso, o secretário disse acreditar que um novo terminal esteja parcialmente construído em maio de 2014, elevando a capacidade para 13 milhões de passageiros. O projeto executivo desse terminal, informou, será elaborado pelo governo do estado e repassado gratuitamente à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

A gerente de Turismo e Atração de Investimentos do Comitê Executivo da Copa do Mundo da Prefeitura, Stella de Moura Kleinrath, previu investimentos de R$ 1,43 bilhão para a construção de corredores de ônibus articulados (chamados BRT), dos quais R$ 411 milhões serão gastos apenas com desapropriações. Ela destacou também a ampliação da capacidade hoteleira, que hoje tem 18 mil leitos disponíveis, com ocupação média de 85% de terça a quinta-feira. Ela e Sérgio Barroso ressaltaram a previsão de investimentos de R$ 1,6 bilhão no setor hoteleiro, o que deve ampliar a oferta de leitos em mais de 7 mil unidades. 

Crítica ao governo federal 

Na reunião, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), ex-governador do estado, afirmou que a sinergia entre governo e prefeitura é a grande vantagem dos mineiros nos preparativos para a Copa do Mundo. Mas o parlamentar afirmou que sua maior preocupação é a "grande omissão do governo federal" na organização da Copa, principalmente no que tange a obras de infraestrutura aeroportuária e de mobilidade urbana.

Aécio criticou a disposição do governo federal de investir no trem de alta velocidade ligando Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, em vez de investir nas esgotadas infraestruturas aeroportuária e de mobilidade urbana. Ele afirmou que, quando governador, recebeu negativas do governo federal às propostas que apresentou para ampliar o aeroporto e o metrô de Belo Horizonte.

O senador disse que muitas outras capitais estão na mesma situação e previu que os objetivos almejados com a realização da Copa do Mundo no país não serão alcançados caso o governo federal continue a transferir para os estados e municípios as responsabilidades por sua realização.

O senador Clésio Andrade (PR-MG) afirmou que a presidente Dilma Rousseff tomou a frente do processo de reestruturação aeroportuária brasileira e que o aeroporto de Confins vai estar pronto para a Copa. Ele disse que, com a audiência, passou a ter certeza de que "Minas não vai perder o trem".

O presidente da subcomissão, senador Blairo Maggi (PR-MT), indagou aos palestrantes se os financiamentos prometidos pelo governo federal estavam disponíveis. Sérgio Barroso respondeu que sim, mas esclareceu que o financiamento para a obra do Mineirão, de R$ 400 milhões, a cargo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), era de responsabilidade exclusiva do Consórcio Minas Arena.

Stella Kleinrath complementou que o financiamento do BRT, feito pela Caixa Econômica Federal, é de responsabilidade da prefeitura e garantiu não ter conhecimento de atrasos nos repasses.

A subcomissão, vinculada à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), já ouviu representantes de três outras cidades-sede da Copa: Curitiba, São Paulo e Natal. Apenas os gestores ligados aos preparativos da capital paulista manifestaram preocupação com o cumprimento dos prazos das obras.

José Paulo Tupynambá / Agência Senado
 

Notícias

Juíza reconhece impenhorabilidade de imóvel de família em ação de cobrança

BEM PROTEGIDO Juíza reconhece impenhorabilidade de imóvel de família em ação de cobrança 18 de outubro de 2024, 15h54 No recurso, a embargante argumentou que o imóvel é utilizado como moradia pela sua família, o que o torna impenhorável conforme a Lei 8.009/1990, que protege este tipo de...

TJ/PR vê fraude e anula venda de imóvel durante ação de execução

Alienação TJ/PR vê fraude e anula venda de imóvel durante ação de execução Tribunal ressaltou que ausência de penhora não isenta terceiros de investigarem regularidade do imóvel. Da Redação quinta-feira, 17 de outubro de 2024 Atualizado às 14:30 A 16ª câmara Cível do TJ/PR reconheceu como fraude a...

Evolução e relevância da separação de fato no direito brasileiro

Evolução e relevância da separação de fato no direito brasileiro Vitor Frederico Kümpel e Thaíssa Hentz de Carvalho quarta-feira, 16 de outubro de 2024 Atualizado em 15 de outubro de 2024 18:03 A separação de fato, embora não dissolva formalmente o vínculo matrimonial, é uma realidade que afeta...

STJ veta repasse de dívidas tributárias do imóvel ao arrematante em leilão

IPTU e outros STJ veta repasse de dívidas tributárias do imóvel ao arrematante em leilão Danilo Vital 13 de outubro de 2024, 13h25 Há uma exceção: os casos em que exista ação judicial ou pedido administrativo pendente de julgamento. Para esses, a aplicabilidade da tese é imediata. Confira em...