Imposto contrapõe bebidas e governo

23/03/11 - 00:00 > TRIBUTOS

Imposto contrapõe bebidas e governo

Suzi Cavalari

São Paulo - O reajuste da tabela dos preços de referência para a tributação de cervejas, refrigerantes e água tem motivado uma queda-de-braço entre os empresários do setor e a Receita Federal. A medida já está pronta e só depende do decreto para entrar em vigor, afirmou ontem o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto.

De acordo com ele, os estudos que corrigem a base de incidência de impostos como PIS e Cofins e IPI para as chamadas "bebidas frias" já estão nas mãos do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Na semana passada, empresários do setor disseram após reunião com o ministro da Fazenda que o aumento da base de tributação e, consequentemente, dos impostos pagos, deve ser repassado para o preço final dos produtos em 60 dias. Segundo Barreto, porém, a correção da tabela deve ocorrer "em breve". A última revisão de preços aconteceu em janeiro de 2009. Para dar mais fôlego à indústria, no ano passado não houve aumento.

Os preços de referência para o setor foram tomados pela última vez em janeiro de 2009 e posteriormente congelados pelo governo para dar fôlego às empresas durante a crise. Agora, apesar das tentativas de acordo por parte dos empresários, o governo decidiu atualizar a base de tributação para os preços atuais. Segundo os executivos, o aumento - que também vale para produtos importados - deve passar de 10%.

Este índice é considerado excessivo pela indústria. Segundo o vice-presidente da AmBev, Milton Seligman, o reajuste ideal, que não afetaria a rentabilidade das empresas nem os investimentos programados para o ano, seria de cerca de 7%. "Estamos negociando com o governo federal. Sabemos que não é viável um aumento de 17%, enquanto a previsão de crescimento da economia é de apenas um dígito", enfatiza Seligman.

O executivo explica que o setor propôs a manutenção da tabela em troca de investimentos de R$ 7,7 bilhões.

Seligman afirma que o setor propôs a manutenção da tabela em troca de investimentos. "Aumento de impostos nunca é bem-vindo mas, neste caso, é um ajuste da tabela. O governo contribuiu para o setor nos últimos anos e agora entendeu que chegou a hora de fazer a correção", disse o executivo. "Já estamos sofrendo pressão com o aumento das commodities, que representam um terço do nosso negócio", completa Seligman.

Fonte: DCI

 

 

 

Notícias

Pela 1ª vez, uniões consensuais superam casamento civil e religioso

Pela 1ª vez, uniões consensuais superam casamento civil e religioso Censo 2022 revela que 51,3% da população tinha relação conjugal Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil Publicado em 05/11/2025 - 10:03 Brasília Origem da Imagem/Fonte: Agência Brasil  -  Certidão de...

STJ autoriza penhora de imóvel financiado para quitar dívida de condomínio

STJ autoriza penhora de imóvel financiado para quitar dívida de condomínio Alessandro Junqueira de Souza Peixoto A decisão do STJ muda o jogo: Agora, imóveis financiados também podem ser penhorados para pagar dívidas de condomínio. Entenda o que isso significa para síndicos e...

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais Ele moveu ação para reconhecimento de paternidade e maternidade socioafetiva 29/10/2025 - Atualizado em 29/10/2025 A 4ª Câmara Cível Especializada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) cassou uma sentença da Comarca de Diamantina e...

Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia

Opinião Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia Nassim Kassem Fares 27 de outubro de 2025, 19h35 O projeto e seu substitutivo, que estendeu a prorrogação para todos os imóveis rurais, tiveram como objetivo oferecer “uma solução legislativa viável, segura e proporcional...