No PI, ministra defende fim da "aposentadoria" para juiz corrupto

26/10/11, 21:54

De acordo com a ministra, a lei orgânica da magistratura é de 1970 e está “vetusta”. 

A corregedora do Conselho Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, defendeu em Teresina a extinção das chamadas “aposentadorias” para os magistrados corruptos. Na capital piauiense, a ministra, que recebeu medalha do mérito, reafirmou que há corrupção no judiciário.

“Precisamos de uma nova lei orgânica da magistratura que traga sansões adequadas, modernas e precisas, que acabe com essa história de que aposentadoria é sansão”, afirmou a magistrada durante entrevista coletiva no Tribunal de Justiça do Estado.

De acordo com a ministra, a lei orgânica da magistratura é de 1970 e está “vetusta” e não é compatível com a Constituição de 1988.

 

Corrupção

Ao discursar para uma plateia de 200 pessoas, a ministra voltou a afirma que há corrupção no judiciário e disse que está sendo alvo de muita especulação, devido suas posições.

“Sim. Nós temos corruptos e é preciso que tenhamos a força moral de dizer que temos (corruptos) e apontarmos quem são, sob pena de estarmos nivelando por baixo”, afirmou a ministra.

Devido o histórico de injustiça, apropriação da coisa pública no País, a ministra disse que é preciso lutar contra a magistratura inerte. “Sou uma crítica ferrenha da magistratura passiva, da magistratura de papel, que só tem poder de caneta”, disse.

Ela admitiu que se preparou para ser corregedora e quer mudar a imagem do judiciário. Segundo a ministra, os magistrados não têm como fugir da gestão transparente.

“Ninguém esconde nada neste século 21. A internet, notebook, o twitter e tantas outras formas de comunicação. Nas entranhas do tribunal, nas entranhas do mundo político, enfim, nada se esconde. E nós estamos parecendo tolos querendo deixar escondido o segredo do polichinelo (expressão usada para aquilo que todos já sabem)”, disse Eliana Calmon.

 

Precatórios

Em Teresina, a ministra denunciou esquema nos tribunais de justiça para agilizar precatórios. “Inclusive, em alguns tribunais é uma verdadeira fonte de corrupção. Onde os cidadãos muitas vezes fazem a negociação (dos precatórios) com deságios de até 90%”, disse.

Eliana Calmon defendeu ainda corregedorias independentes e autônomas para investigar magistrados.

 

Yala Sena
yalasena@cidadeverde.com

Extraído de cidadeverde.com

Notícias

Quem paga impostos não é contribuinte, mas vítima

segunda-feira, 21 de novembro de 2011 Imposto injusto, IPVA deve ser extinto Justiça Tributária Por Raul Haidar  Para os proprietários de veículos deste país não existe Justiça tributária. Criou-se uma lenda, já bastante antiga, segundo a qual quem tem carro é rico. Ou pelo menos...

Flagrante violação aos direitos humanos

MP quer afastar ordem cronológica para dativo 21/11/2011 BELO HORIZONTE - O Ministério Público de Minas Gerais entrou com uma Ação Civil Pública, na Comarca de Araguari (MG), para tentar garantir que o advogado dativo seja escolhido pela parte interessada, afastando a exigência da escolha...

Subnotificações envolvem principalmente crianças que não completam 1 ano

Vida e morte desconhecidas O acesso difícil a cartórios e a falta de orientação levam pais a não registrarem o nascimento e o óbito dos filhos. As subnotificações, mais recorrentes no Maranhão, envolvem principalmente crianças que não completam 1 ano. A falta de cartórios, de meios de...

Uniões consensuais tomaram espaço dos casamentos

Uniões informais já são mais de um terço do total no país Sex, 18 de Novembro de 2011 09:26 Uniões consensuais tomaram espaço dos casamentos civis e religiosos e já somam 36,4% do total, segundo IBGE Questionamento do modelo tradicional e praticidade são principais causas, afirma...

Novação objetiva

18/11/2011 - 09h59 DECISÃO Reconhecimento de novação afasta prescrição de um ano para dívida de estudante Os requisitos essenciais à configuração da novação são: a intenção de novar, a preexistência de obrigação e a criação de nova obrigação, podendo ser também reconhecida em razão da...

Dinheiro do fundo

Empregado consegue liberar saldo do FGTS Um técnico de telecomunicações conseguiu, na Justiça, a liberação de seu saldo do FGTS para pagar a dívida de sua casa própria, não financiado pelo Sistema Financeiro da Habitação. Fonte: www.conjur.com.br