Projeto em tramitação na Câmara quer direito de cirurgia plástica para mulheres agredidas

Projeto em tramitação na Câmara quer direito de cirurgia plástica para mulheres agredidas

Deputados federais estudam vários projetos de lei que tem como as mulheres como beneficiária

Daiany Albuquerque Em 17h01 - 06/03/2019

O PL (Projeto de Lei) 715/19, que está em tramitação na Câmara dos Deputados Federais, em Brasília (DF), pretende dar prioridade no atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde) para mulheres que tenham sido vítimas de violência, com psicólogo e realização de cirurgia plástica em casos necessários.

O documento, inclusive, cita um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que revela que cerca de 16 milhões de mulheres, com 16 anos ou mais, sofreram algum tipo de agressão em 2018.

“Embora se classifique a violência em tipos distintos, as diferentes formas de agressão nunca aparecem isoladas”, afirmou, por meio de sua assessoria, a autora do projeto, deputada Marília Arraes (PT-PE).

A parlamentar ainda ressaltou que a violência física vem acompanhada da violência psicológica. “Sob o domínio do medo, elas não denunciam, não procuram ajuda, se fecham em si mesmas e sofrem caladas”.

Outros projetos para as mulheres
Além do PL 715/19, outros projetos que beneficiam as mulheres também se encontram em tramitação na Câmara Federal. Um deles é o PL 119/19, de autoria da deputada federal Renata Abreu (Podemo-SP), que pretende ampliar a atenção à saúde da mulher de uma forma mais humanizada no SUS.

Segundo a proposta, a atenção humanizada deverá ocorrer nas seguintes situações: mortalidade materna, saúde de mulheres adolescentes, mulheres no climatério e menopausa, saúde mental e gênero, doenças crônico-degenerativas e câncer ginecológico.

Há também uma proposta similar, de autoria da deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) que pretende garantir assistência humanizada durante a gestação, pré-parto, perda gestacional, parto e puerpério.

Já o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff, apresentou um projeto para obrigar hospitais da rede pública e privada a permitir a presença de doulas durante o período pré-natal, parto e pós-parto, sempre que solicitado pela paciente.

Câncer feminino
Em relação à saúde feminina, outro projeto chama atenção. De autoria dos deputados Welinton Prado (PSB-PR) e Aliel Machado (PSB-PR), o PL 25/19 quer obrigar o SUS a adotar o mapeamento genético para detecção de cânceres de colo uterino e de mama para mulheres com elevado risco de desenvolver a doença.

Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, correspondendo a cerca de 29% dos casos novos a cada ano. Já o câncer do colo do útero é um dos tumores mais malignos, sendo a quarta causa de morte de mulheres por câncer no país.

Nenhum dos projetos citados foi votado pelo Câmara Federal. Eles aguardam passagem pelas comissões para chegar a plenário.

Fonte: Midiamax

Notícias

Contrato de namoro: Bobagem ou blindagem patrimonial?

Contrato de namoro: Bobagem ou blindagem patrimonial? Izabella Vasconcellos Santos Paz O artigo aborda a importância do contrato de namoro como proteção patrimonial em relacionamentos informais. terça-feira, 23 de dezembro de 2025 Atualizado às 13:24 "Os tempos são líquidos porque tudo muda tão...

STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar

Família STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar 4ª turma fixou solução inovadora proposta pelo ministro Buzzi. Da Redação sexta-feira, 6 de dezembro de 2019 Atualizado em 7 de dezembro de 2019 16:30 A 4ª turma do STJ concluiu na quinta-feira, 5, julgamento que...

Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento?

Opinião Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento? Lina Irano Friestino 19 de dezembro de 2025, 9h25 A decisão do STJ no REsp 2.195.589/GO reforça algo que, no fundo, já estava escrito na lógica do regime de bens: casar sob comunhão parcial significa dividir não...

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero Autor: Rodrigo da Cunha Pereira | Data de publicação: 16/12/2025 O Direito das Famílias e Sucessões está cada vez mais contratualizado. Isto é resultado da evolução e valorização da autonomia privada, que por sua vez, vem em consequência do...

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro Marcia Pons e Luiz Gustavo Tosta Autocuratela, agora regulamentada pelo CNJ, permite que qualquer pessoa escolha seu curador antecipadamente, reforçando autonomia e prevenindo conflitos familiares. terça-feira, 9 de dezembro de...