Projeto que regulamenta união homoafetiva permanece na pauta do Plenário do Senado

Projeto que regulamenta união homoafetiva permanece na pauta do Plenário do Senado

Publicado em: 29/11/2017

O Plenário do Senado rejeitou, nesta terça-feira (28), um requerimento para que o projeto que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo fosse enviado novamente para a análise da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Depois de um pedido de verificação, o painel registrou 25 votos contrários ao requerimento e apenas 16 a favor. Assim, a matéria (PLS 612/2011) permanece na pauta do Plenário e deve ser votada nesta quarta-feira (29).

O requerimento foi apresentado pelo senador Magno Malta (PR-ES), contrário ao casamento homoafetivo. Ele pediu o apoio para o requerimento, dizendo que a matéria foi votada “a toque de caixa” na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde foi aprovada no último mês de maio. Ele disse não acreditar na “relação homoafetiva” e alegou convicções cristãs para manter sua posição. Os senadores Wilder Morais (PP-GO) e Sérgio Petecão (PSD-AC) manifestaram apoio ao requerimento.

A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), autora do projeto, pediu a rejeição do requerimento, ao apontar que o pedido de Malta “é simplesmente para adiar o que já vem sendo adiado há muito tempo”. Ela destacou que na CCJ a matéria foi aprovada por unanimidade, com apenas uma abstenção. Segundo a senadora, o projeto era terminativo e já deveria ter sido enviado à Câmara dos Deputados. A matéria só veio ao Plenário, acrescentou Marta, por um recurso encabeçado por Magno Malta. A senadora ainda lembrou que, desde 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece o direito à formalização da união entre casais homossexuais.

- Isso não tira pedaço de heterossexual, apenas garante cidadania aos homossexuais. Está na hora dessa casa não virar um farol de atraso – declarou.

Lindbergh Farias (PT-RJ) e Lídice da Mata (PSB-BA) manifestaram posição contrária ao requerimento. Lindbergh destacou que a questão já está resolvida pelo STF e lembrou que ninguém sai perdendo com o projeto. Na mesma linha, a líder do PMDB, senadora Simone Tebet (PMDB-MS), também orientou pela rejeição do requerimento, ressaltando que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também já tem uma resolução sobre o assunto.

Fonte: Agência Senado
Extraído de Recivil

Notícias

Ação com penhora no rosto dos autos não trata de questões sobre o crédito

COISAS SEPARADAS Ação com penhora no rosto dos autos não trata de questões sobre o crédito Rafa Santos 20 de junho de 2025, 7h26 Na mesma decisão, o juiz também negou pedido de suspensão do processo e homologou a arrematação do imóvel e a expedição de carta de arrematação e mandado de imissão na...

Sem intimação pessoal, alienação de bem do devedor não é válida

Falta de aviso Sem intimação pessoal, alienação de bem do devedor não é válida Martina Colafemina 15 de junho de 2025, 15h52 Com efeito, ao menos em sede de cognição sumária, não há prova de que os autores tenham sido intimados pessoalmente, daí podendo derivar a nulidade do ato de consolidação da...

A viabilidade do inventário extrajudicial e suas as vantagens no mundo atual

A viabilidade do inventário extrajudicial e suas as vantagens no mundo atual Milena Cintra de Souza O crescimento na procura da via extrajudicial para realização de inventários em todo o país e as novidades trazidas pela resolução 571/24 do CNJ. quinta-feira, 12 de junho de 2025 Atualizado às...

Interdição só é válida se for registrada em cartório, diz juíza

FORA DA REGRA Interdição só é válida se for registrada em cartório, diz juíza Martina Colafemina 12 de junho de 2025, 8h16 Em sua análise, a juíza deu exemplos de artigos que dizem que é nulo qualquer contrato celebrado por uma pessoa absolutamente incapaz. Entretanto, ela analisou que a validade...