Banco de DNA de criminosos pode ir a votação na CCJ

12/08/2011 - 18h41

Banco de DNA de criminosos pode ir a votação na CCJ 

Está na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para a próxima quarta-feira (17) projeto que obriga a realização de identificação genética dos condenados por crime violentos ou hediondos. O PLS 93/2011 prevê a criação de um banco de DNA, onde a identificação genética ficará à disposição da Justiça para facilitar a solução de novos crimes.

Autor da proposta, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) explica que o processo é o mesmo usado pelo FBI e por mais de 30 países e que ainda não foi adotado no Brasil por falta de legislação específica. Atualmente, a polícia investigativa brasileira trabalha apenas com dados genéticos identificados em vestígios deixados nos locais do crime, como sangue, sêmen, unhas, fios de cabelo ou pele. Os dados, no entanto, não podem ser comparados aos dos criminosos pela ausência de um banco de DNA.

Relator da matéria na CCJ, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) apresentou relatório favorável ao projeto, mas propôs alterações: que a obrigatoriedade seja para autores de crimes violentos contra a pessoa e que o texto trate de "identificação do perfil genético", expressão adotada no Brasil. A proposta será votada em caráter terminativo na comissão. 

Carteiras de identidade

Outra proposta em análise pela CCJ é o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 188/2010, que altera a Lei 7.116/1983 sobre validade e expedição de Carteiras de Identidade. O projeto, de autoria do Executivo, validava as identificações expedidas pelo Ministério da Defesa e que estavam sendo questionadas por órgãos públicos, bancos e outras instituições.

Na Câmara, a proposta ganhou novas mudanças - definiu prazo de validade para esses documentos, determinou a obrigatoriedade de identificação pessoal a partir dos 18 anos e assegurou a retirada gratuita da primeira identidade e também das seguintes em decorrência do fim da validade. Por fim, considerou válidas as carteiras de identidade já emitidas até serem substituídas.

O relator do projeto, senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), deu parecer favorável à proposta, que já foi aprovada na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. A análise na CCJ tem caráter terminativo.

A sessão da CCJ está marcada para às 10h de quarta-feira (17), na Sala 03 da Ala Alexandre Costa, no Anexo II do Senado.

Paola Lima / Agência Senado
 

Notícias

Contrato de namoro: Bobagem ou blindagem patrimonial?

Contrato de namoro: Bobagem ou blindagem patrimonial? Izabella Vasconcellos Santos Paz O artigo aborda a importância do contrato de namoro como proteção patrimonial em relacionamentos informais. terça-feira, 23 de dezembro de 2025 Atualizado às 13:24 "Os tempos são líquidos porque tudo muda tão...

STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar

Família STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar 4ª turma fixou solução inovadora proposta pelo ministro Buzzi. Da Redação sexta-feira, 6 de dezembro de 2019 Atualizado em 7 de dezembro de 2019 16:30 A 4ª turma do STJ concluiu na quinta-feira, 5, julgamento que...

Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento?

Opinião Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento? Lina Irano Friestino 19 de dezembro de 2025, 9h25 A decisão do STJ no REsp 2.195.589/GO reforça algo que, no fundo, já estava escrito na lógica do regime de bens: casar sob comunhão parcial significa dividir não...

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero Autor: Rodrigo da Cunha Pereira | Data de publicação: 16/12/2025 O Direito das Famílias e Sucessões está cada vez mais contratualizado. Isto é resultado da evolução e valorização da autonomia privada, que por sua vez, vem em consequência do...

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro Marcia Pons e Luiz Gustavo Tosta Autocuratela, agora regulamentada pelo CNJ, permite que qualquer pessoa escolha seu curador antecipadamente, reforçando autonomia e prevenindo conflitos familiares. terça-feira, 9 de dezembro de...