Crianças e adolescentes disponíveis para adoção têm problema de saúde

Foto: CNJ

Crianças e adolescentes disponíveis para adoção têm problema de saúde

07/02/2014 - 08h30

Das mais de 5 mil crianças e adolescentes aptas à adoção, pelo menos 20% registram algum problema de saúde. É o que revela o levantamento do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), realizado na tarde desta quinta-feira (6/2) – dia em que entrou em vigor a Lei 12.955/2014, para priorizar a adoção de quem é portador de deficiência ou doença crônica.

A legislação foi publicada no Diário Oficial da União um dia após ser sancionada pela presidente da República, Dilma Roussef. A norma acrescentou o parágrafo 9º ao artigo 47 do Estatuto da Criança e Adolescente para estabelecer “prioridade de tramitação aos processos de adoção em que o adotando for criança ou adolescente com deficiência ou doença crônica”.

De acordo com o CNA, 5.403 crianças e adolescentes se encontravam disponíveis para adoção no momento do levantamento. Como o sistema é online, o número de cadastrados sofre variação à medida que as varas da infância e juventude do país preenchem novas informações sobre as crianças e adolescentes que foram disponibilizados para a adoção ou que já foram adotados.

Do total de cadastrados, o relatório mostrou que 1.221 sofriam algum problema de saúde. O número corresponde a 20,60% das crianças e adolescentes à espera de uma nova família. Uma tabela do relatório aponta os tipos de males. É importante ressaltar que as crianças e adolescentes podem ter sido registrados em mais de um campo justamente por ser portador de mais de uma doença.

Dessa forma, do total de crianças e adolescentes com problemas de saúde, o relatório indicou que 414 sofriam de doenças tratáveis, enquanto outras 135, de doenças não tratáveis. Outras 202 eram portadoras de deficiência física; e 431, de deficiência mental. O levantamento apontou ainda a existência de 132 crianças e adolescentes portadores do vírus HIV.  
 
A pesquisa Encontros e Desencontros da Adoção no Brasil: Uma Análise do Cadastro Nacional de Adoção, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça no ano passado, ressaltou a necessidade de haver uma maior conscientização dos pretendentes.

Segundo a pesquisa, do total de interessados, 8% não faziam qualquer restrição quanto à condição de deficiência do adotado.  Na ocasião, o CNA registrava que, dentre os cadastrados, 4% portavam alguma deficiência física e outros 8%, deficiência mental. Também segundo o estudo, 85% dos pretendentes se negavam a adotar uma criança ou adolescente soropositivo. Na época, 141 cadastrados se encontravam nessa condição.

 

Giselle Souza
Agência CNJ de Notícias



 

Notícias

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais Ele moveu ação para reconhecimento de paternidade e maternidade socioafetiva 29/10/2025 - Atualizado em 29/10/2025 A 4ª Câmara Cível Especializada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) cassou uma sentença da Comarca de Diamantina e...

Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia

Opinião Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia Nassim Kassem Fares 27 de outubro de 2025, 19h35 O projeto e seu substitutivo, que estendeu a prorrogação para todos os imóveis rurais, tiveram como objetivo oferecer “uma solução legislativa viável, segura e proporcional...