Guarda compartilhada dos filhos é forma mais adotada em divórcios

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Guarda compartilhada dos filhos é forma mais adotada em divórcios

Lei atual prioriza a guarda compartilhada ao invés da exclusiva

Oussama El Ghaouri - repórter da Rádio Nacional
10/12/2025 - 18:35
Brasília

Pela 1ª vez no Brasil, a guarda compartilhada dos filhos é a forma mais adotada nos divórcios de casais que têm filhos menores de idade.

A informação faz parte da pesquisa “Estatísticas do Registro Civil”, divulgada nesta quarta-feira (10) pelo IBGE.

A guarda compartilhada prevê que o pai e a mãe dividam a responsabilidade e o tempo de convívio com os filhos de forma equilibrada, diferente da guarda exclusiva da mãe.

Essa modalidade, em 2014, respondia por 85% dos divórcios judiciais, e a guarda compartilhada respondia por 7,5% dos casos.

Dez anos depois, esse percentual foi multiplicado por 6, como explica a gerente da pesquisa do IBGE, Klívia Brayner.

“Após dez anos da lei que coloca que a guarda compartilhada deve ser priorizada, em 2024 ela teve um percentual de quase 45% e esse percentual foi superior à guarda exclusiva da mulher”. 

As sentenças que determinaram a guarda exclusiva da mulher em 2024 representaram 42,6% dos divórcios com filhos menores.

A pesquisa do IBGE também avaliou o tempo de duração dos casamentos entre 2004 e 2024, como detalhou a gerente Klívia Brayner.

“A gente observou uma diminuição do tempo de duração dos casamentos. E os casamentos com menos de dez anos já representam 47% dos divórcios coletados”.

Em 2004, os casamentos com menos de 10 anos representavam 43,6% dos divórcios e duravam, em média, 17,1 anos. No ano passado, a duração ficou em 13,8 anos.

E, entre os casais de sexos diferentes, a idade média dos homens que se divorciaram em 2024 foi de 44,5 anos. A das mulheres, 41,6 anos.

Mas, pela primeira vez desde 2020, o número de divórcios caiu no ano passado: foram mais de 428 mil, queda de 2,8% em relação a 2023.

Edição: Bianca Paiva / Fran de Paula
Fonte: Agência Brasil

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