Orçamento de 2016 é sancionado

15/01/2016 - 15h20Atualizado em 15/01/2016 - 17h34

Orçamento de 2016 é sancionado sem vetos

Lei orçamentária deste ano será a primeira a ter a obrigação constitucional de executar as emendas de autoria de parlamentares

Reprodução/TV Câmara
dep Ricardo Barros
Ricardo Barros considera que a obrigatoriedade de executar as emendas parlamentares é uma conquista

A presidente Dilma Rousseff sancionou sem vetos, na quinta-feira (14), a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016. É o primeiro orçamento com emendas impositivas, no qual o Poder Executivo é obrigado a executar as emendas parlamentares ao orçamento da União (EC86/15).

Os parlamentares terão direito a R$ 9 bilhões em emendas individuais. Isso dará uma cota de R$ 15,3 milhões para cada um dos 513 deputados e 81 senadores. Além disso, há previsão de R$ 4,5 bilhões para emendas de bancadas.

Para o relator do orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR), o orçamento impositivo é uma conquista do Parlamento. "Consagra emenda impositiva de bancada, que é uma inovação importante para o parlamento. Cada estado escolheu uma emenda impositiva e uma obra importante e ela será executada impositivamente, decisão de bancada. Essa é uma decisão fundamental", afirmou.

Receitas
O Orçamento da União de 2016 estima que as receitas federais somarão R$ 2,954 trilhões, incluindo o orçamento das estatais e os recursos levantados com a venda de títulos públicos. A lei conta com uma arrecadação de R$ 10 bilhões com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) a partir de setembro.

Na avaliação de Ricardo Barros, o governo terá um grande desafio de consolidar as receitas em razão dos vetos da lei de repatriação de recursos do exterior (Lei 13.254/16) e da necessidade de aprovar a proposta que recria a CPMF (PEC 140/15) no Congresso Nacional.

"É um orçamento que agora tem como principal desafio consolidar as receitas que o governo colocou na proposta: repatriação e CPMF. O relator da receita [senador Acir Gurgacz (PDT-RO)] não queria incluir a CPMF, mas o Executivo derrotou o parecer no voto e inseriu o tributo", comentou Barros. "É preciso saber agora se tudo isso se ajusta e avaliar a parte do projeto da repatriação que foi vetada", completou.

Despesas
A meta de superavit primário foi fixada em R$ 24 bilhões para a União, e em R$ 6,5 bilhões para estados e municípios, em um total de R$ 30,5 bilhões (0,5% do PIB), sem a possibilidade de abatimento.

Do total de despesas, o Orçamento estabelece ainda a destinação de R$ 500 milhões para o combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite o zika vírus (responsável pelos casos de microcefalia), a dengue e a febre chikungunya.

Além de salário mínimo de R$ 880, o texto sancionado estima queda no PIB (- 1,9%), inflação de 6,47%, câmbio do dólar a R$ 4,09 e taxa básica de juros de 13,99%.

Fundo Partidário
O orçamento também garante a transferência de R$ 819 milhões para o Fundo Partidário. No projeto original que havia enviado ao Legislativo no ano passado, o Executivo tinha proposto um repasse de R$ 311 milhões. Em 2016, haverá eleições municipais e será o primeiro pleito após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir a doação empresarial para campanhas políticas
.

Reportagem - Luiz Gustavo Xavier
Edição – Mônica Thaty
Origem da Foto/Imagem/Ilustração em destaque/Fonte: Agência Câmara Notícias
 
 
 

 

Notícias

Construtora pode reter taxa de personalização de imóvel em caso de distrato

Sob medida Construtora pode reter taxa de personalização de imóvel em caso de distrato Danilo Vital 16 de julho de 2025, 8h49 A magistrada destacou que o contrato de compra e venda previu a retenção da taxa porque os materiais selecionados para personalizar a unidade têm natureza personalíssima e,...

Artigo: STJ garante proteção do lar para além da morte – por Gabriela Alves

Artigo: STJ garante proteção do lar para além da morte – por Gabriela Alves Origem da Imagem/Fonte: Extraída de Colégio Notarial do Brasil São Paulo Recente decisão da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou uma diretriz fundamental no ordenamento jurídico brasileiro: a proteção...

A proteção ao bem de família não é absoluta

A proteção ao bem de família não é absoluta Thallyta de Moura Lopes STJ fixa teses que restringem a penhora do bem de família em hipóteses de hipoteca, exigindo demonstração de benefício direto à entidade familiar. quarta-feira, 9 de julho de 2025 - Atualizado em 8 de julho de 2025 15:00 "Para...

Pagamento espontâneo após citação valida execução, diz TJ-MG

Causa reconhecida Pagamento espontâneo após citação valida execução, diz TJ-MG 8 de julho de 2025, 9h56 Conforme se verifica dos autos de origem, o agravante não arguiu, em nenhum momento, qualquer nulidade da execução promovida pelo condomínio agravado. Confira em Consultor Jurídico    ...