Segurança jurídica

 

09/08/2013 - 14h05 Plenário - Pronunciamentos - Atualizado em 09/08/2013 - 14h04

Nova posição do STF sobre perda de mandatos contribui para segurança jurídica, diz Viana

Da Redação

O senador Jorge Viana (PT-AC) destacou em Plenário, nesta sexta-feira (9), a decisão do Supremo Tribunal (STF) de reconhecer que cabe ao Congresso Nacional deliberar sobre a perda de mandato de senador ou deputado condenado pela Corte. A mudança de posição ocorreu em julgamento realizado pelo Supremo na quinta-feira (8), ao fim do qual o senador Ivo Cassol (PP-RO) foi condenado.

Para Viana, ao rever sua posição, o Supremo resolveu a “insegurança jurídica” que ficou estabelecida na relação entre o Congresso e o Supremo desde o julgamento do "caso mensalão". Naquele julgamento, agora em fase de recurso, o STF havia definido que os quatro deputados condenados perderiam seus mandatos imediatamente.

- Parece pouca coisa, mas essa é matéria que muda a agenda dessa relação conflituosa entre o Supremo e Congresso Nacional – afirmou.

De acordo com o senador, o julgamento havia evidenciado um “enfrentamento” entre o Congresso e o STF. Ele disse que o país já convive com muita insegurança jurídica, e afirmou considerar o “fim do mundo” que esse tipo de situação também marcasse as relações entre os Poderes.

- O Supremo pode muito, mas não pode tudo. Quem pode tudo também não é o Senado nem a Câmara, ou o Congresso, e muito menos o Executivo. Quem pode tudo numa democracia é a Constituição – argumentou.

O senador leu trechos de dispositivo constitucional que trata das hipóteses e condições de perda de mandato para reforçar que cabe ao Senado e à Câmara decidir sobre a cassação, a partir de provocação das respectivas Mesas ou de partido com representação nas Casas.

Viana observou que o Supremo pode condenar qualquer parlamentar, mas lembrou que a decisão sobre a perda do mandato deve ser feita pela Casa a que pertence o político. O senador afirmou que isso agora ficou claro e reforça o dever de cada Poder de agir com responsabilidade.

- Isso vai fazer com que cada Poder cumpra seu papel, e quem não cumprir certamente será cobrado pela sociedade – disse.

O senador afirmou que o desejo do cidadão é de que cada instituição seja “vigilante” do ponto de vista ético e do ponto de vista do exercício do mandato público, o que representa a punição para os que se desviam de suas prerrogativas. No caso de uma condenação chegar ao fim no Supremo, transitando em julgado, ele disse que haverá expectativa sobre o que ocorrer depois.

- Depois, se o Congresso não cumprir sua parte, a sociedade vai poder identificar quem está sendo conivente com equívocos e malfeitos – disse.

 

Agência Senado

 

Notícias

Como fica a divisão de bens no divórcio? Entenda de vez

Como fica a divisão de bens no divórcio? Entenda de vez Alessandro Junqueira de Souza Peixoto Vai se divorciar e não sabe como dividir os bens? Entenda como o regime de bens escolhido impacta diretamente na partilha e evite surpresas no momento mais delicado da separação. quarta-feira, 4 de junho...

Advogada esclarece o que ocorre com dados digitais após falecimento

Herança digital Advogada esclarece o que ocorre com dados digitais após falecimento Com a ausência de uma legislação específica, cresce a necessidade de planejamento sucessório para ativos digitais como contas online, criptomoedas e arquivos pessoais. Da Redação terça-feira, 3 de junho de...

Imóvel não deve ser alienado sem que haja intimação do devedor

ÔNUS INVERTIDO Imóvel não deve ser alienado sem que haja intimação do devedor Martina Colafemina 29 de maio de 2025, 7h49 Como, no caso, o credor não anexou provas da intimação, o juiz classificou como verdadeiros os fatos narrados pela autora e anulou a execução extrajudicial. Confira em Consultor...