Senador classifica de “tímido” o segundo PNE

16/03/2012 - 10h05 - Plenário - Pronunciamentos

Cristovam Buarque defende alterações em projeto sobre Plano Nacional de Educação

Da Redação

Em pronunciamento nesta quinta-feira (15), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) classificou de “tímido” o segundo Plano Nacional de Educação (PNE), em análise pela Câmara dos Deputados, por entender que a proposta não contempla as exigências do mundo moderno para a educação, separado da ciência, tecnologia, economia e saúde.

Cristovam defendeu alterações no texto, que ainda será encaminhada ao Senado, ressaltando que esse é o momento de se constituir um sistema nacional de conhecimento, e não apenas discutir quanto se vai investir em educação, se 10% ou 8% do Produto Interno Bruto (PIB).

- Não dá para trabalhar a educação de forma isolada. Tem que saber como a educação de base vai se relacionar com crianças quando elas nascem, bem antes de iniciar o processo escolar, mas iniciando o processo educacional – afirmou.

Cristovam disse que países com boa educação não aumentam muito o número de alunos na universidade. Na Finlândia, considerada exemplo no setor, uma parte dos alunos vai para a universidade, enquanto outra vai para escolas técnicas de nível superior, mas não universitário.

Competitividade

Referindo-se à exposição de Guido Mantega no Senado no último dia 14, Cristovam lamentou que o ministro da Fazenda não tenha citado a competitividade na lista dos desafios industriais do país. O senador observou que a competitividade vem da capacidade de inventar novos produtos e novas maquinas para produzi-los. E que o Brasil está “absolutamente estagnado” em relação a isso.

- Produzimos mais porque empregamos mais. A renda que sobra para cada um não cresce suficientemente. Não levamos em conta o longo prazo, baseado necessariamente na capacidade de criar inteligência – afirmou.

Modelo civilizatório

No inicio de seu pronunciamento, Cristovam ressaltou que a crise econômica que “afoga” a Europa é decorrente do esgotamento do modelo econômico civilizatório dos países do continente.

Segundo ele, esse esgotamento também se manifesta em nível global, tendo em vista o final do modelo de desenvolvimento baseado na economia e na produção, medido pelo modelo do PIB.

Esse modelo se esgota porque os recursos naturais são limitados, o que não permite a continuidade do desenvolvimento nos moldes atuais, haja vista o aquecimento global e o aumento do nível do mar em algumas regiões.

- O modelo que diz que a sociedade é mais rica porque produz mais PIB é ilógico. Se um bandido atira em alguém, o PIB aumenta, porque se vende a bala. Se matar, aumenta a renda, pois é um a menos – declarou.

Em aparte, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) manifestou apoio a Cristovam, para quem o Brasil abandonou aparentemente a idéia da “economia do conhecimento”.

 

Agência Senado

 

Notícias

Justiça nega exclusão de imóvel em divórcio com regime de comunhão de bens

Justiça nega exclusão de imóvel em divórcio com regime de comunhão de bens Autora argumentou que bem foi comprado com recursos próprios 23/05/2025 - Atualizado em 23/05/2025 Origem da Imagem/Fonte: TJMG Justiça entendeu que não há provas no processo de que o bem foi adquirido com recursos...

STJ exclui de partilha de novos bens herdeiro que renunciou à herança

Sucessão STJ exclui de partilha de novos bens herdeiro que renunciou à herança Colegiado entendeu que renúncia à herança é ato irrevogável, impedindo participação em sobrepartilha. Da Redação terça-feira, 13 de maio de 2025 Atualizado às 18:24 Por unanimidade, a 3ª turma do STJ decidiu que a...

Justiça reconhece pai socioafetivo sem excluir o biológico

Vínculo afetivo Justiça reconhece pai socioafetivo sem excluir o biológico O juiz autorizou a expedição de mandado ao cartório de registro civil para averbação da sentença. Da Redação quarta-feira, 14 de maio de 2025 Atualizado às 12:05 A vara de Família e Sucessões de Varginha/MG reconheceu, por...

Juíza reconhece nulidade de algibeira em caso de execução de patrimônio

SÓ QUANDO CONVÉM Juíza reconhece nulidade de algibeira em caso de execução de patrimônio 8 de maio de 2025, 11h57 Tal conduta caracteriza a chamada ‘nulidade de algibeira’. Em síntese, a nulidade de algibeira consiste na estratégia de não alegar a nulidade no momento em que ela ocorre, utilizando-a...

Quando o bem de família pode ser penhorado? Jurisprudência do STJ

Opinião Quando o bem de família pode ser penhorado? Jurisprudência do STJ Caroline Valéria Adorno de Macêdo 5 de maio de 2025, 6h32 A jurisprudência do STJ tem reiterado que tais exceções devem ser interpretadas restritivamente, em respeito à função social da moradia e à dignidade da pessoa...