Duas mulheres conseguem autorização para tentar ter filho

Duas mulheres conseguem autorização para tentar ter filho


Juntas há seis anos, Michelle e Thaíse levaram a seguinte proposta: fecundar o óvulo de Michelle e transferir o embrião para a barriga de Thaíse.

Clique aqui e veja a matéria.

Duas mulheres de Goiás conseguiram autorização para tentar ter um filho, em um caso inédito. Juntas há seis anos, Michelle e Thaíse procuraram o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás para realizar o desejo de ter um filho.

“Foi a forma que nós encontramos mesmo. Ter um pedacinho de mim brotando nela, então é a única forma que a gente teria é compartilhar esse sonho que a gente amadureceu juntas”, conta Michelle Almeida Generozo, auxiliar administrativa.

Para compartilhar a maternidade, o casal levou a seguinte proposta: fecundar, no laboratório de reprodução humana, o óvulo de Michelle, usando o sêmen de um doador anônimo, retirado de um banco de sêmen. Depois, transferir o embrião para a barriga de Thaíse.

O médico estranhou o pedido. “Inicialmente ficamos um pouco surpresos, porque nessa situação geralmente a gente faz um procedimento mais simples preservando a saúde das pacientes”, questiona o ginecologista Mário Approbato.

O pedido inédito fez com que o laboratório e as pacientes procurassem o Conselho Regional de Medicina de Goiás para saber se existe alguma restrição para esse tipo de procedimento. Quase um ano depois veio a resposta. Os conselheiros autorizaram Michelle e Thaíse a ter um filho da forma como elas sempre imaginaram.

O casal já passou por todos os exames exigidos para o procedimento, mas, segundo a Comissão de Direitos Homoafetivos da OAB de Goiás, será preciso enfrentar uma outra barreira, desta vez pelo registro da certidão de nascimento.

“Quando a criança nascer, a mãe que constará na certidão será a mãe que dará a luz. É a doadora do útero e não a doadora do óvulo. A mãe biológica terá que buscar a Justiça para reconhecer a dupla maternidade”, explica Cínthia Barcelos.

 

Fonte: G1

Publicado em 12/07/2012

Extraído de Recivil

Notícias

STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar

Família STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar 4ª turma fixou solução inovadora proposta pelo ministro Buzzi. Da Redação sexta-feira, 6 de dezembro de 2019 Atualizado em 7 de dezembro de 2019 16:30 A 4ª turma do STJ concluiu na quinta-feira, 5, julgamento que...

Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento?

Opinião Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento? Lina Irano Friestino 19 de dezembro de 2025, 9h25 A decisão do STJ no REsp 2.195.589/GO reforça algo que, no fundo, já estava escrito na lógica do regime de bens: casar sob comunhão parcial significa dividir não...

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero Autor: Rodrigo da Cunha Pereira | Data de publicação: 16/12/2025 O Direito das Famílias e Sucessões está cada vez mais contratualizado. Isto é resultado da evolução e valorização da autonomia privada, que por sua vez, vem em consequência do...

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro Marcia Pons e Luiz Gustavo Tosta Autocuratela, agora regulamentada pelo CNJ, permite que qualquer pessoa escolha seu curador antecipadamente, reforçando autonomia e prevenindo conflitos familiares. terça-feira, 9 de dezembro de...