Para empresas de telecomunicação, marco civil da internet pode prejudicar a inclusão digital

Alexander Castro fala na CCT, mas argumentos são contestados pelo governo

03/09/2013 - 11h25 Comissões - Atualizado em 03/09/2013 - 11h28

Para empresas de telecomunicação, marco civil da internet pode inibir investimentos e prejudicar a inclusão digital

Da Redação

O projeto de marco civil da internet (PL 2.126/2011) trará prejuízos às operadoras de telecomunicação e para os usuários, na opinião dos dirigentes das entidades que representam os provedores de acesso à rede. Eles participaram na manhã desta terça-feira de debate promovido pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

De acordo com Alexander Castro, diretor de Regulação do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), o projeto interfere no modelo de negócio das operadoras e na gestão de suas redes; inibe o investimento; atrapalha a inclusão digital; privilegia alguns usuários em detrimento de muitos; trata os sites de conteúdo de modo diferenciado; e dificulta a apuração de crimes digitais.

Já os representantes dos ministérios das Comunicações e da Justiça defenderam o projeto, argumentando que ele é essencial para manter o ambiente de inovação e democracia na internet. A proposta ainda está na Câmara, mas virá depois para o Senado,

Segurança da rede

Na presidência da audiência pública, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que é urgente aperfeiçoar a proteção dos dados dos usuários, principalmente após as revelações de que o governo americano espionou a presidente Dilma Rousseff.

- Tanto o Congresso Nacional quanto o Executivo precisam se movimentar. O que devemos tirar de ensinamento dessa espionagem é que o Brasil deve aperfeiçoar suas leis para que isso não aconteça – disse.

Segundo o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), autor do requerimento do debate, o Brasil está hoje vulnerável ao monitoramento dos Estados Unidos. A segurança da rede e dos dados dos usuários é também, na opinião do parlamentar, um dos pontos mais importantes em discussão.

- Fomos pegos de surpresa. Estamos meio que atordoados fazendo reuniões para traçar planos de diretrizes sobre algo que deveria estar pronto nessa guerra cibernética em que o Brasil, por ser uma potência em crescimento, está submetido - disse Vital.

Antes deles, Nelson Wortsman, representante da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), afirmou que o acesso não autorizado a dados dos usuários da rede, envolvendo políticas de segurança nacional, é fenômeno novo e deve ser tratado no contexto das relações bilaterais e multilaterais entre nações.

 

Agência Senado

 

Notícias

TJ-PR afasta transmissão de exceção à impenhorabilidade de imóvel

JUSTIÇA SEJA FEITA TJ-PR afasta transmissão de exceção à impenhorabilidade de imóvel 7 de outubro de 2021, 17h27 Por Danilo Vital Inicialmente, TJ-PR presumiu que segundo imóvel fora comprado com dinheiro da venda do primeiro, o qual era penhorável Leia em Consultor Jurídico  

Noiva vai a cartório e ‘se casa’ com o sogro

Noiva vai a cartório e ‘se casa’ com o sogro Publicado em 6 de outubro de 2021 O caminho para um relacionamento dar certo nem sempre é fácil. Imagina então quando ele começa na pandemia e trás situações que desafiam qualquer história? Foi o que aconteceu com um casal de Belo Horizonte. Para...

Proteção por equiparação: quem ocupa o lugar de consumidor, segundo o STJ

ESPECIAL 03/10/2021 06:50 Proteção por equiparação: quem ocupa o lugar de consumidor, segundo o STJ ​​​Nas situações mais triviais do mercado, não existe dúvida sobre quem é o consumidor: o comprador de um produto ou o usuário de um serviço. Para a legislação, consumidor é...