Turismo e Desporto aprova projeto que ameniza o Estatuto do Torcedor

01/10/2013 - 11h30

Turismo e Desporto aprova projeto que ameniza o Estatuto do Torcedor

Projeto permite que torcedores não envolvidos em violência possam assistir jogos de portão fechado. Só fica de fora quem participou do evento que levou à punição do time.

Arquivo/ Alexandra Martins
Flávia Morais
Fávia Morais: lei atual pune até torecedor do time adversário.

A Comissão de Turismo e Desporto aprovou no dia 11 de setembro proposta (PL 5351/13) que permite que torcedores tenham acesso a estádios de futebol durante partidas realizadas com portões fechados, desde que não estejam envolvidos no evento que levou à punição do time. O projeto altera o Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/03).

Atualmente, a legislação determina como punição por má conduta de torcedores que os times de qualquer modalidade desportiva realizem partidas sem a presença da torcida.

O autor da proposta, deputado Marcelo Matos (PDT-RJ), afirmou que a suspensão desse direito deve ser apenas para os envolvidos em episódios de violência dentro ou próximo aos estádios. A opinião dele é de que a lei atual fere o preceito da Constituição Federal que determina que nenhuma pena pode passar da pessoa do condenado.

Parecer vencedor
A deputada Flávia Morais (PDT-GO), foi autora do parecer vencedor na Comissão. Ela considera que a violência entre torcedores pode ser combatida sem que pessoas pacíficas sejam prejudicadas. "Existem formas de punir aqueles que realmente têm feito com que o futebol se torne um lugar de violência, mas ao mesmo tempo preservando a satisfação que aqueles que participam de forma pacífica têm de participar desses grandes eventos", argumentou a deputada.

Flávia Morais argumentou ainda que “uma medida extrema, como a realização de partida com portões fechados, chega ao absurdo de penalizar o torcedor da equipe adversária, que não tem qualquer relação com eventuais episódios de violência praticados anteriormente por integrantes da torcida do mandante”.

Arquivo/ Alexandra Martins
Asdrubal Bentes
Asdrubal Bentes: só com portões fechados times serão penalizados.

Voto em separado
O relator na Comissão, deputado Asdrubal Bentes (PMDB-PA), votou pela rejeição do projeto e lamentou que seu relatório tenha sido rejeitado na comissão. Ele acredita que só com a realização de partidas com portões fechados os times serão penalizados pelo mau comportamento de suas torcidas organizadas. "Você vê o decréscimo das torcidas hoje nos estádios em função da violência. As famílias já não querem ir com medo de brigas entre torcidas organizadas”, disse o deputado.

O parecer do deputado Asdrubal Bentes pela rejeição do projeto segue como voto em separado.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda vai ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

 

Reportagem - Karla Alessandra
Edição - Dourivan Lima

Foto em destaque/Fonte: Agência Câmara Notícias

 

Notícias

TJMG. Jurisprudência. Divórcio. Comunhão universal. Prova.

TJMG. Jurisprudência. Divórcio. Comunhão universal. Prova. APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE DIVÓRCIO - COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS - PARTILHA - VEÍCULO - USUCAPIÃO FAMILIAR - ÔNUS DA PROVA - O casamento pelo regime da comunhão universal de bens importa na comunicação de todos os bens presentes e futuros...

Reforma do Código Civil exclui cônjuges da lista de herdeiros necessários

REPARTINDO BENS Reforma do Código Civil exclui cônjuges da lista de herdeiros necessários José Higídio 19 de abril de 2024, 8h52 Russomanno ressalta que, além da herança legítima, também existe a disponível, correspondente à outra metade do patrimônio. A pessoa pode dispor dessa parte dos bens da...

Juiz determina que valor da venda de bem de família é impenhorável

Juiz determina que valor da venda de bem de família é impenhorável Magistrado considerou intenção da família de utilizar o dinheiro recebido para adquirir nova moradia. Da Redação terça-feira, 16 de abril de 2024 Atualizado às 17:41 "Os valores decorrentes da alienação de bem de família também são...

Cônjuge não responde por dívida trabalhista contraída antes do casamento

CADA UM POR SI Cônjuge não responde por dívida trabalhista contraída antes do casamento 15 de abril de 2024, 7h41 Para o colegiado, não se verifica dívida contraída em benefício do núcleo familiar, que obrigaria a utilização de bens comuns e particulares para saná-la. O motivo é o casamento ter...

Atos jurídicos e assinatura eletrônica na reforma do Código Civil

OPINIÃO Atos jurídicos e assinatura eletrônica na reforma do Código Civil Ricardo Campos Maria Gabriela Grings 12 de abril de 2024, 6h03 No Brasil, a matéria encontra-se regulada desde o início do século. A Medida Provisória 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, estabeleceu a Infraestrutura de Chaves...

A importância da doação com usufruto vitalício e encargos

A importância da doação com usufruto vitalício e encargos Amadeu Mendonça Doação de imóveis com usufruto e encargos como alimentos promove transição patrimonial e segurança familiar, requerendo documentação precisa e compreensão legal. quarta-feira, 3 de abril de 2024 Atualizado às 14:39 Dentro do...